A morte de uma jovem policial militar, Jessyca Layla Calmon dos Santos, de 26 anos, em um acidente de trânsito, na madrugada de domingo (11), abalou a Polícia Militar e a comunidade do Norte do Paraná. O acidente teria sido causado por um motorista que invadiu a pista contrária e que estaria embriagado. A tragédia é mais um alerta contundente sobre a combinação perigosa e proibida entre álcool e direção.

O acidente aconteceu na PR-090, em Santa Cecília do Pavão (Norte). Jessyca dos Santos estava lotada no 18° BPM (Batalhão de Polícia Militar) de Cornélio Procópio, era de Londrina e ingressou nas forças de segurança há menos de três anos.

De acordo com informações iniciais, a soldado tinha acabado de sair de uma escala, em um evento de emancipação da cidade, e retornava para casa, em Londrina.

A motocicleta que Jessyca pilotava foi atingida de frente pelo carro conduzido por um homem de 20 anos. Segundo a polícia, ele estaria embriagado e foi preso em flagrante por homicídio na condução de veículo mediante embriaguez.

O velório da jovem aconteceu na segunda-feira (12) no Cemitério Parque das Oliveiras, em Londrina, sob forte comoção. Além de familiares e amigos, dezenas de colegas de Jessyca, do 18° BPM e de outros batalhões, compareceram ao local para prestar uma homenagem.

A jovem ingressou na Polícia Militar no dia 1º de agosto de 2022. “A dedicação e o empenho da Soldado Jéssyca no cumprimento do dever foram exemplares, se destacando pelo compromisso com a segurança pública e o bem-estar da comunidade que serviu”, destacou a Polícia Militar do Paraná, por meio de nota.

"Ressaltamos que a Soldado Jessyca era uma profissional dedicada, admirada por seus colegas e superiores, e sua perda representa um golpe profundo para toda a corporação. Reiteramos nosso compromisso de prestar o suporte necessário à família enlutada, ao mesmo tempo em que reafirmamos nosso respeito e cuidado com cada policial militar que diariamente se dedica à proteção da sociedade”, finaliza a nota.

Casos de acidentes envolvendo motoristas embriagados, infelizmente, acontecem com regularidade no Brasil. Ingerir bebidas alcoólicas e dirigir é um ato de desrespeito às leis e, sobretudo, à vida humana.

A frequência com que esses casos acontecem revela uma cultura de impunidade e negligência que precisa ser enfrentada com rigor. Leis rigorosas, fiscalização eficiente e mais campanhas educativas são necessárias.

Beber e dirigir é crime, uma atitude irresponsável que mata. O trânsito não pode ser um lugar de luto. Ele deveria ser um espaço de civilidade, paz e educação.

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