O Brasil está cansado dessa escória de políticos que nos governa há mais de duas décadas. São 16 anos de uma esquerda em franca decadência, dois de um mandato tampão sem liderança e quatro de um governo de extrema direita hostil e truculento, que representou, no seu desfecho, uma grande ameaça à nossa democracia. Nos últimos seis anos, os ocupantes da presidência da República vêm induzindo e estimulando os brasileiros à uma polarização política-ideológica insana, nefasta e carregada de ódio. Essa conduta repugnante é uma evidência de que o lulismo está esgotado e decrépito e o bolsonarismo personifica a desinteligência, o jugo e a altercação.

Aliado a essa situação perniciosa, some-se o continuísmo execrável nos comandos nas casas parlamentares do legislativo federal. Na Câmara, o novo presidente representa a manutenção do 'modus operandi' do seu antecessor que, por sinal, foi o mentor da sua candidatura e responsável direto pela sua assunção ao cargo. Certamente, o grande balcão de negócios, o 'toma-lá, dá cá', as vergonhosas emendas do orçamento secreto e tantas outras velhacarias, que se constituem em vigorosas fontes de corrupção, continuarão na pauta de trabalho. No Senado, o retorno de um ex-presidente da casa, que não demonstra apetite para mudanças significativas, será o mais do mesmo.

Esse 'status quo' na governança favoreceu o fortalecimento de um sistema corrupto que se infiltra progressivamente nas entranhas do poder. O Brasil afunda cada vez mais na escala dos países mais corruptos; recentemente descemos mais 3 posições no ranking internacional da corrupção, motivado, principalmente, pelo escândalo do orçamento secreto. O país está dominado por uma classe política exacerbadamente fisiologista e degenerada, mas protegida contra aqueles que querem combater as suas bandalheiras. Vergonhosamente, já estão criando até a PEC da blindagem, para impedir buscas e apreensões nos gabinetes suspeitos de "suas excelências".

Então, o país precisa sair dessa mesmice governamental. É uma necessidade premente se desvencilhar desse estado de coisas, derrubar essa bastilha da corrupção e dar um basta nesse continuísmo lesivo, que só favorece o compadrio político.

Pois bem, precisamos de uma profunda renovação nas candidaturas à presidência da República para o pleito de 2026. Entretanto, lamentavelmente os principais postulantes ao cargo são os protagonistas deste cenário deplorável que se descortina atualmente na política nacional. O atual mandatário da nação já antecipou a sua vontade de se reeleger, porém, com a pífia aprovação de 24% na gestão e carregando a pecha de um passado não resolvido, nodoado por corrupção, ele não tem credibilidade para enfrentar essa empreitada.

Por outro lado, o ex-presidente do mandato anterior está inelegível, mas não esconde a sua pretensão de disputar a eleição, escudado por um casuísmo imoral e inconsequente;​ ele quer acabar com o instituto da Ficha Limpa, que foi conquistada com muita bravura pela sociedade brasileira. Responsável por um governo bastante conturbado, o ex-capitão teve um comportamento lastimável durante o transcorrer da sua gestão. Negligência na vacinação contra a Covid, tratamento desrespeitoso com famílias atingidas pela pandemia, a patética reunião com embaixadores de vários países com o intuito de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro perante a comunidade internacional e as várias tentativas de provocar a ruptura institucional no país sintetizam uma amostra do seu projeto autoritário de poder.

Em síntese, essa investida de ambos para presidir a República novamente causa uma enorme frustração aos brasileiros que desejam um país melhor. Portanto, basta! Chega dos mesmos e dos seus indicados. Estamos cansados da esquerda e precavidos com a extrema direita. Temos bons governadores que podem concorrer ao próximo pleito. São gestores que estão governando seus estados com eficiência, equilíbrio e sem sobressaltos. Vamos oxigenar o sistema político deste país.

Ludinei Picelli - administrador de empresas