Aperta-se o cerco
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quinta-feira, 19 de março de 2020
Folha de Londrina
Londrina já mostra os primeiros sinas de restrição social. Nesta quarta-feira, o ritmo do trânsito e da movimentação nas lojas começou a diminuir. Em contrapartida, o compartilhamento de notícias falsas cresceu na mesma velocidade que o coronavírus se multiplica.
Nos últimos dias, quando Estados e municípios começavam a anunciar as medidas de restrição, notícias de fechamento de estradas e do comércio pipocavam nas redes sociais e nos aplicativos de troca de mensagens instantâneas.
Novamente, o jornalismo sério e profissional desempenha o papel de desmentir as fake news e fornecer ao cidadão as notícias, orientações e atualizações sobre a pandemia.
O coronavírus está impondo uma mudança de hábito drástica aos homens e mulheres em todo o planeta. Ninguém passará indiferente por essa crise de proporções mundiais. É algo inédito e diferente de tudo pelo qual passamos, principalmente nos tempos atuais em que a informação (e o vírus) cruzam rapidamente os oceanos.
Nesta quarta-feira, novas medidas de restrição foram anunciadas pelo governo federal e por vários estados e municípios brasileiros. A situação é de emergência e deve ser entendida pela sociedade como necessária para conter a disseminação do novo coronavírus.
O colapso do sistema de saúde só pode ser evitado com a conscientização do povo para respeitar as normas. A sociedade precisa levar a sério as orientações das autoridades e da Organização Mundial de Saúde. Tomara que o Brasil não chegue à situação da França e da Itália, onde a polícia para os cidadãos para questionar o porquê eles estão nas ruas.
No Paraná, o governador Ratinho Junior seguiu algumas medidas do vizinho Santa Catarina e proibiu a entrada no Estado de ônibus de São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Bahia. Ele também pediu que a Infraero reduza a chegada de aviões de alguns lugares onde a situação está mais grave.
Os especialistas dizem que a maioria dos casos do covid-19 passará sem complicações e o tratamento acontecerá no espaço domiciliar. É preciso manter a calma. O nível de colaboração vai ditar a gravidade do problema.
Outra medida assertiva dos governos estadual e municipal foi acirrar a fiscalização contra abuso de preço em itens principais, como álcool gel e máscaras, além de limitar o número de produtos que podem ser vendidos por cliente.
A histeria coletiva que lotou os supermercados e farmácias não faz sentido. Provavelmente um dos grandes aprendizados que o mundo levará dessa pandemia é comportamental. É mais uma chance de o homem aprender que a conduta individual impacta o coletivo e em muitos casos faz mais diferença que uma medida governamental.
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