Amepar e Londrina: rumo às eleições 2026
A Câmara de Londrina, ao longo das décadas, se consolidou como uma verdadeira escola de líderes
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 03 de julho de 2025
A Câmara de Londrina, ao longo das décadas, se consolidou como uma verdadeira escola de líderes
Nilso Paulo da Silva
Em 2026, o Brasil volta às urnas para escolher o próximo presidente e vice-presidente da República, governadores e vices, senadores, deputados federais e estaduais. As eleições gerais representam mais do que uma simples troca de cadeiras: são janelas de oportunidade para partidos, lideranças e para o eleitor, que pode reavaliar o desempenho dos representantes, renovar quadros e fortalecer sua voz na democracia.
Na região da Amepar (Associação dos Municípios do Médio Paranapanema), esse momento carrega um significado ainda mais estratégico. Composta por 22 municípios, a Amepar tem sido palco de importantes movimentações políticas, revelando nomes que ganharam protagonismo estadual e nacional, em vários municípios.
Na Amepar, vários municípios já elegeram deputados estadual e federal, como Arapongas, Rolândia, Cambé, Ibiporã, porém Londrina, a principal cidade da Amepar, tem liderada a eleição de nomes para diversos cargos.
A Câmara de Vereadores de Londrina, ao longo das décadas, se consolidou como uma verdadeira escola de líderes. De seus assentos já saíram prefeitos, vice-prefeitos, deputados, senadores, governadores, ministros, secretários de Estado e municipal.
Atualmente, ocupam cargos relevantes os seguintes ex-vereadores de Londrina: deputados federais, Filipe Barros, Lenir de Assis; deputados estaduais, Jairo Tamura, Tercílio Turini; ministra de Estado, Márcia Lopes; secretário de Estado, Alex Canziani; vice-prefeito de Londrina, Junior Santos Rosa; secretários municipais, Felipe Prochet, Péricles Deliberador.
Alguns outros nomes que passaram pela Câmara Municipal de Londrina e alcançaram funções políticas marcantes: Milton Menezes, prefeito; Hugo Cabral, prefeito; João Olivir Gabardo, deputado estadual, deputado federal, suplente de Senador, conselheiro do TCE/PR; Nelson Maculan, senador, deputado federal; José Hosken de Novaes, prefeito, governador do Paraná; Álvaro Dias, deputado federal, governador, senador da República; Antônio Belinati, prefeito, deputado estadual, deputado federal; Homero Oguido, deputado estadual e federal; Délio César, vice-prefeito; Edson Gradia, secretário de Estado do Esporte; Del Ciel, vice-prefeito e prefeito; Edson Siena, prefeito de Tamarana; Wladimir Belinati, deputado federal; Nelson Fiori Luiz, deputado estadual; Luiz Eduardo Cheida, prefeito, deputado Estadual, secretário de Estado; Luís Carlos Alborgheti, deputado estadual; Moyses Leônidas, deputado estadual; Ligia Pupato, deputada estadual, secretária de Estado; João Mendonça, vice-prefeito; Elza Correa, deputada estadual; André Vargas, deputado estadual e federal; Marcelo Belinati, deputado Federal, prefeito; Márcio Almeida, deputado estadual; Emerson Petriv-Boca Aberta, deputado Federal etc.
Com as eleições municipais de 2024, o cenário político da Amepar se redesenhou nos 22 municípios com novos prefeitos e vice-prefeitos (sendo apenas duas mulheres prefeitas, contra quatro na gestão anterior); 216 vereadores eleitos: 180 homens e 36 mulheres; cinco Câmaras sem nenhuma vereadora.
Ponto positivo foi o leve crescimento da presença feminina nas Câmaras de vereadores, e o ponto negativo a queda acentuada na liderança feminina nas prefeituras.
A região da Amepar atualmente conta com a seguinte representação: deputados federais, Diego Garcia, Filipe Barros, Lenir de Assis, Luís Carlos Hauly, Luísa Canziani. Deputados estaduais, Cloara Pinheiro, Cobra Repórter, Jairo Tamura, Paulo Bazana e Tercílio Turini.
Curiosidade: entre as três deputadas federais em exercício pelo Paraná, duas são de Londrina, consolidando a cidade como potência de oportunidades política.
Faltando 15 meses para as próximas eleições, o desafio consiste em preparar as próximas lideranças políticas em toda região, mas conscientizar o quadro de eleitores para concentração local dos votos.
Ainda vivemos sob um modelo desproporcional na distribuição dos votos, enquanto o voto distrital segue em debate. Por isso, é fundamental que a sociedade civil organizada, os agentes públicos continuem mobilizados já para garantir representação sólida, plural e comprometida com o desenvolvimento regional.
A política não é um jogo tão distante, a eleição é o que define o presente e o futuro de nossas cidades, do estado, e do país.
Participar é mais que um direito, é uma forma de cidadania ativa, é uma oportunidade. Participar é legal.
Nilso Paulo da Silva, mestre em direito, advogado especialista em direito eleitoral.
