Os jovens estão se descuidando da prevenção contra a Aids. E o que é também muito grave: fazendo tarde os testes que possibilitam identificar precocemente a presença do vírus HIV. Isso significa que muitos pacientes estão morrendo no mesmo ano em que tiveram o diagnóstico da doença. Em Londrina, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (15) foram registradas 13 mortes em decorrência da Aids em 2018, sendo que 10 vítimas descobriram a sorologia no mesmo ano. Todas são do sexo masculino, na faixa etária acima de 15 anos.

As informações, que servem de alerta para jovens, pais, pedagogos e autoridades da área de saúde, foram divulgados pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica da 17ª Regional de Saúde. Ao todo, a regional atende outros 20 municípios, além de Londrina. Em toda a área de abrangência, o total é de 19 óbitos por Aids em 2018, sendo 15 com diagnóstico tardio. Sobre os registros de óbitos em 2019, são seis em toda a regional e dois no município, mas nenhum com diagnóstico recente.

Em 2017, foram 18 mortes por diagnóstico tardio, sendo 11 homens e sete mulheres, conforme o Sinam (Sistema Nacional de Atendimento Médico). Pela presença da Aids, essas vítimas tinham uma quantidade reduzida de células de defesa, o que promoveu um agravo da saúde por outras doenças, especialmente a tuberculose e a pneumonia. Ainda segundo a reportagem, a principal forma de transmissão do HIV/Aids tem sido a relação sexual sem preservativo e o grupo mais atingido é o formado por homens jovens com nível de escolaridade de segundo grau a superior incompleto.

O grande questionamento é por que diante de várias campanhas e divulgação das informações sobre formas de prevenção e a existência de um teste rápido, muitas pessoas ainda assumem um comportamento de risco? Ou uma atitude de negação, diante de uma doença que pode ser controlada. Mas é necessário que o vírus transmissor da Aids seja identificado o mais rápido possível e que o paciente procure o serviço de saúde para receber o tratamento adequado.

A evolução no tratamento do HIV tem assegurando qualidade de vida para os pacientes, mas a Aids ainda mata, principalmente se o diagnóstico for tardio.