27 de janeiro de 2008

''Estamos em luto'', ''Quantos seres humanos ainda morrerão para que tenhamos segurança de verdade?''. Faixas com mensagens como essas marcaram o ato realizado na manhã de ontem por cerca de 80 agentes da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). Além dos funcionários, também participaram do ato amigos e familiares do agente Francisco Gonçalves Filho, 42 anos, executado na noite de terça-feira, e de Luiz Carlos Marchetti, 46, morto em junho de 2007.

Durante o protesto, diversos agentes e pessoas da sociedade civil falaram ao microfone pedindo mais atenção à segurança dos trabalhadores que lidam diretamente com os presos. Os funcionários também reinvindicaram mais agilidade nas investigações da morte do agente Marchetti. Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Paraná, Clayton Auwerter, é necessário que sejam criados meios para combater o crime organizado, garantindo a segurança dos agentes. ''O risco é algo inerente nas atividades do agente, mas é preciso que haja segurança para que ele possa realizar seu trabalho'', disse.

Ainda bastante abalado, o irmão de Francisco, José Gonçalves Neto, fez questão de comparecer no evento, mas confessou não ter esperanças quanto a solução dos riscos que os agentes enfrentam diariamente.