O aumento alarmante de casos de coqueluche em Londrina é um sinal de alerta que não pode ser ignorado por autoridades de saúde e pela população. Em apenas duas semanas, o número de casos confirmados quase dobrou, saltando de oito para 18, com 60 outros casos ainda aguardando confirmação. O que está por trás desta alta é uma perigosa combinação de fatores: a alta capacidade de contágio da doença e a baixa adesão à vacinação, que é justamente a única forma eficaz de prevenção.

Os primeiros sintomas de coqueluche podem ser confundidos com uma gripe, com corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. No entanto, conforme avança para a forma mais grave a tosse fica severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração. “Uma pessoa contaminada com coqueluche, através das partículas da saliva, pode transmitir para até 12 pessoas. Isso nos preocupa e a forma de evitar é com a vacinação”, advertiu secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, durante coletiva de imprensa na quinta-feira (29).

Trata-se de uma doença bacteriana que à medida em que avança, torna-se potencialmente fatal, especialmente para os mais vulneráveis, como crianças pequenas. A morte de dois bebês no Paraná em menos de dois meses, após cinco anos sem vítimas fatais, destaca a gravidade do problema e a necessidade de ação imediata.

Apesar da disponibilidade de vacinas nas unidades de saúde, a adesão da população tem sido insuficiente. Mesmo com campanhas de vacinação voltadas para grupos específicos, como profissionais de saúde e educação, a resposta tem sido baixa.

É importante que a população compreenda a gravidade da coqueluche e a importância da imunização. A vacina, disponível e eficaz, deve ser vista como um dever cívico, especialmente em tempos onde o retorno de doenças antes controladas se torna uma realidade.

O fato do número de casos de coqueluche dobrar em apenas duas semanas é preocupante, mas é hora de transformar a preocupação em ação, garantindo que a vacinação atinja todas as camadas da população. Somente assim poderemos conter o avanço desta e de outras doenças que ameaçam o bem-estar coletivo.

Obrigado por ler a FOLHA!