A região Sul do Brasil, novo epicentro do coronavírus no país, recebeu nesta quinta-feira (23) a visita do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello. Depois de passar com uma comitiva pelos estados do Rio Grande Sul e Santa Catarina, o substituto de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich chegou a Curitiba, onde foi recebido pelo prefeito da capital, Rafael Greca (DEM), e pelo governador Ratinho Junior (PSD).

O aumento da mortalidade e alta taxa de ocupação dos leitos de UTI motivaram a visita do ministro ao Paraná. Por aqui, Pazuello foi cobrado sobre a falta de insumos e medicamentos para o combate à Covid-19. Na capital, a taxa de ocupação de leitos chegou a 91% na última semana, um índice muito preocupante.

A falta de insumos e medicamentos foi informada na véspera da visita da comitiva do ministro pelo secretário estadual de Saúde, Beto Preto. Segundo o secretário, o estoque para insumos usados em respiradores de leitos de UTI só seria suficiente para mais três ou quatro dias. "É muito grave essa situação, conseguimos respiradores e profissionais, mas há uma falta crônica desses medicamentos para manter pacientes sedados", contou Beto Preto.

Em Londrina, segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a situação não é tão grave porque há estoque suficiente para 120 dias.

Durante coletiva de imprensa no Palácio Iguaçu, Pazuello reconheceu uma instabilidade no fornecimento de insumos e disse que o ministério está coordenando a logística para garantir estoque emergencial aos estados e municípios.

Se antes a preocupação era a falta de respiradores, hoje o estoque baixo de insumos angustia médicos, enfermeiros e autoridades de saúde.

O governo tenta driblar a falta dos medicamentos no mercado e também a alta no preço desses produtos. É lamentável que em uma situação de pandemia há empresas que buscam aumentar o seu lucro prejudicando o abastecimento de remédios e a saúde dos cidadãos.

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