Morreria de fome se dependesse de um comercial para creme dental, nem cito a marca, o presidente Trump, com uma sede por petróleo, esqueceu até mesmo da água, líquido que lhe garante a vida. Ele citou, no seu discurso de posse, que os EUA não mais se envolverão em guerras. Tremendo engano, já arrumou para si três guerras urbanas dentro do próprio país, Comunidade LGBTQI+, Cartel de Traficantes do México e a Caça aos Imigrantes, que se prepare que será longa. Durante todo o tempo da posse não conseguiu esboçar um sorriso, tamanha a raiva contra o senil Joe Biden. Vamos aguardar os resultados, para mim, tá lascado.

José Pedro Naisser (ecologista) Curitiba

Tijolinho, símbolo da segregação social

Dois mil e vinte e cinco, Londrina completa 91 anos. Uma cidade construída por paulistas, mineiros, nordestinos e imigrantes e que desde sua origem, a especulação imobiliária e a privatização das terras estiveram presentes, excluindo os kaygangues que aqui já residiam. Terras entregues aos colonialista europeus a preço de banana e que desde sua fundação, essa cidade foi dividida entre os ricos acima da linha de trem e os pobres abaixo da linha do trem. Tijolinho simboliza essa parte, dos abaixo da linha do trem, onde ficavam os migrantes que chegavam e mais tarde, espaço para as mulheres sobreviverem, região que serviu muito os senhores que viviam acima da linha do trem, que depois subiam para pedir perdão na Catedral.

Assim Tijolinho denuncia uma parte da cidade que ficou esquecida e agora que as terras são importantes para especulação imobiliária, vem com a hipocrisia moral, que se faz necessário tirar moradores de rua, trabalhadores do sexo da região central, jogando uma cortina de fumaça de que a riqueza do ouro verde, em Londrina, ficou para poucos. Assim, Tijolinho simboliza o aparthaid social que vem desde a origem dessa cidade, que permanece sem o antigo Hotel Tijolinho, agora mais longe do centro da cidade.

Carlos Roberto de Oliveira (professor e assistente social) Londrina