A mesma farinha
Leitor critica privilégios da classe política e afirma que, no Brasil, “só mudam as embalagens”
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 09 de junho de 2025
Leitor critica privilégios da classe política e afirma que, no Brasil, “só mudam as embalagens”
EQUIPE DA FOLHA
A frase que cabe como uma luva cirúrgica na classe dominante do Brasil — mais conhecida como os ricos e os políticos — é: "O que é demais nunca é o bastante". Todos os escândalos financeiros de lesa-cidadão de bem vêm dessa volúpia por mais e mais dinheiro e poder, assim como o cachorro do desenho animado que pedia incessantemente: medalhas e mais medalhas.
Os escândalos da Previdência, do passado e do atual, apenas mudam nos valores — que se tornam exorbitantes. Passam pelo vale-refeição de quem está gordo demais; pelo auxílio-aluguel para quem tem mansão; pelo vale-paletó para quem só usa roupas italianas. Tudo isso serve apenas para dar um tapa de mão aberta na cara do pagador de impostos — mais conhecidos como idiotas de plantão.
Na guerra ideológica do país, a maioria dos políticos não abre mão dessas vantagens legais, porém imorais. Além disso, muitos apoiam as emendas parlamentares — essa excrescência que não acaba porque políticos de todos os vieses gostam, e muito.
O resumo da ópera, vendo sem fanatismo, é este: "são todos farinha da mesma marca, só mudam as embalagens".
Um país só consegue diminuir as diferenças sociais quando quem está com a mão cheia abre mão. Do contrário, é só enrolação.
Manoel José Rodrigues (assistente administrativo) - Alvorada do Sul

