Quando falamos de inovação no agronegócio, estamos nos referindo a um mundo muito distante ou a algo mais próximo? Estamos falando de um futuro ou de uma realidade?

Cada vez mais, acompanhamos a evolução tecnológica no agronegócio. Soluções capazes de otimizar processos, monitorar lavouras com mais precisão e viabilizar práticas sustentáveis. Além disso, novos produtos biotecnológicos têm desempenhado um papel crucial no enfrentamento da crise climática.

Tecnologias como IoT, Inteligência Artificial, RNAi, CRISPR e blockchain já estão presentes em soluções disponíveis para o setor. Não é futuro; é uma realidade que, todos os dias, auxilia diversos produtores a aumentarem sua rentabilidade.

Mas, por que essa realidade ainda parece tão distante para muitos?

Mais do que nunca, precisamos disseminar e orientar produtores e sociedade sobre os aspectos tecnológicos e como a inovação pode ser um caminho seguro para uma produção mais sustentável, enfrentando os grandes desafios de mercado e clima.

Por isso, a chave está na aproximação. É preciso trazer o tema para o diálogo, disseminá-lo e experimentá-lo. A Sociedade Rural do Paraná (SRP) iniciou esse caminho ao integrar a inovação como parte de uma estratégia de desenvolvimento regional e de oportunidades para o produtor. Seu maior guarda-chuva é o SRP Valley, primeiro parque tecnológico voltado ao agronegócio e reconhecido por impulsionar a transformação do setor por meio da conexão entre pesquisa, tecnologia e produção a partir de seus ambientes de inovação, como a GO SRP e o Hub de Inovação Cocriagro.

Um dos marcos que trouxe um avanço importante nesse caminho foi na ExpoLondrina 2025, por meio do Pavilhão Smart Agro, unindo biotecnologia e transformação digital em um espaço de experiências práticas. A proposta foi aproximar o produtor das soluções tecnológicas já disponíveis, conectando inovação e realidade no campo. Produtores e visitantes puderam conhecer de perto tecnologias desenvolvidas por startups, novas formas de manejo e, principalmente, como utilizar essas ferramentas para aumentar a rentabilidade e a eficiência na produção.

Mas uma jornada de inovação não se constrói apenas em uma exposição. É preciso ir além. Por isso, a SRP reforça seu compromisso com o tema, lançando o ciclo 2025 da GO SRP, aceleradora que vai auxiliar pesquisadores a transformarem suas pesquisas em startups para o agronegócio. Esse posicionamento visa assegurar que o que está sendo desenvolvido nos institutos de pesquisa e universidades chegue de fato ao produtor rural, oferecendo soluções para problemas reais do campo.

A inovação no agronegócio não é um sonho distante e a SRP acredita que é uma oportunidade palpável de transformar desafios em crescimento sustentável. E essa transformação começa agora, aqui, no agronegócio, em Londrina.

Tatiana Fiuza, diretora de Inovação da Sociedade Rural do Paraná e coordenadora da Agro Valley

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