A iluminação do futuro
Se bem executadas, adoção de tecnologia inteligente e fiação subterrânea têm potencial de causar nova transformação na cidade, a exemplo do LED
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 05 de março de 2025
Se bem executadas, adoção de tecnologia inteligente e fiação subterrânea têm potencial de causar nova transformação na cidade, a exemplo do LED
Folha de Londrina
Não é preciso voltar muito no tempo para lembrar de Londrina com suas ruas escuras à noite, iluminadas precariamente pelas lâmpadas de vapor de sódio ou de mercúrio. Enquanto cidades menores já haviam migrado para o LED, a cidade-polo da maior metrópole do interior do estado permanecia com suas ruas inseguras de aspecto amarelado.
No início da década, a prefeitura deu início à transição para o LED, impulsionada por incentivos de eficiência energética e redução de custos de manutenção. A troca total das luminárias ocorreu em 2024. Hoje, a maioria das cidades do Paraná já substituiu grande parte da iluminação pública antiga por LED, que oferece melhor reprodução de cores e menor consumo de energia.
Agora, a Londrina Iluminação, quer ir adiante. A intenção é promover uma integração com a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) e CTD (Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento) para a adoção de uma tecnologia inteligente, contando, por exemplo, com telemedição. O sistema utiliza sensores e comunicação via redes (rádio, celular, fibra óptica ou internet das coisas - IoT) para coletar dados sobre o funcionamento da iluminação pública, como falhas e defeitos e horários de funcionamento.
Segundo o novo presidente da Londrina Iluminação, Renan Salvador, com os dispositivos, é possível, remotamente, fazer operações como ligar e desligar luzes, fazer a medição do consumo, fazer a dimerização, que é baixar a iluminação em locais sem movimento, reduzindo a conta de energia e aumentando a vida útil do equipamento. “A hora que a pessoa entrar na rua, subo a iluminação para o nível adequado. A expectativa é colocar cerca de 2.500 luminárias tecnológicas na fase inicial, no lote inicial, no próximo ano, em 2026”, conta.
Outro ponto importante abordado pelo secretário em entrevista à FOLHA é a intenção de aterrar a fiação elétrica, inicialmente no centro da cidade. Com estragos causados pelos extremos climáticos cada vez mais frequentes, a adoção de fiação subterrânea se mostra uma alternativa acertada. Ainda há o ganho da remoção da poluição visual, permitindo que toda a beleza do patrimônio arquitetônico do centro da cidade ganhe ainda mais destaque.
O maior desafio para a adoção de todas as melhorias em larga escala é a falta de recursos, considerando que essas são medidas dispendiosas. Para isso, os gestores precisarão lançar mão de estratégias modernas e eficientes. Se bem executadas, essas mudanças trarão benefícios duradouros para moradores e visitantes, consolidando Londrina como referência em inovação e infraestrutura no Paraná.
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