A fome e o amor

O poeta-filósofo Schiller disse que "a fome e o amor" sustentam a máquina do mundo. Abalado com os acontecimentos na vizinha Venezuela, onde pessoas famintas atiravam pedras nos soldados que queimaram a comida que lhes era destinada, revi a frase do famoso poeta e não quis acreditar no que estava presenciando. Ao ler mensagens, umas contra as outras, no facebook, sobre a política brasileira, também senti o quanto precisamos melhorar o nosso relacionamento diário com nossos irmãos, sejam de que partido, sigla ou religião forem. Estamos saindo de regimes políticos que não respeitaram a dignidade, integridade e inviolabilidade do ser humano, porém precisamos de uma dose suplementar de amor ao próximo, como ensinou o mestre dos mestres, para continuarmos com a nossa caminhada. O Estado tem o dever de investigar e punir os responsáveis pelos crimes cometidos contra pessoas e contra a sociedade, porém o cidadão tem o dever de criar uma nova mentalidade, mais sadia, sem os conflitos sempre propostos pelos mais afoitos. Afinal, não somos animais, somos seres humanos, criados com inteligência, vontade própria e discernimento, por isso temos a obrigação de respeitar as leis, o ser humano (irmão) e, sobretudo, ajudar a criar, fomentar, nutrir uma sociedade justa, séria, honesta, onde caibam todos. Aqueles instintos bárbaros não cabem mais em uma sociedade civilizada, onde a arrogância, a banalidade do mal, devem ser contidos e ceder lugar para a ternura das relações entre os homens e mulheres que querem um mundo melhor, mais livre, igual para todos, onde todos se respeitem.

SERVIO BORGES DA SILVA (advogado) - Londrina


Carnaval: alegria e imoralidade juntas

Ao meu entendimento, esses dias de carnaval podem ser resumidos na expressão "tempo perdido". Além de disso, é um tal de homem beijando homem e mulher beijando mulher, que mais se assemelham aos filmes de pornografia. Entendo o direito de cada um, mas essas cenas deveriam ficar aos dois e não exibindo-se em rede nacional. Se Deus é brasileiro, conforme se apregoa, nesses momentos Ele faz como o seu discípulo Pedro, negando três vezes a sua nacionalidade.

LUIZ ALBERICO PIOTTO (servidor público) - Cambé