O transporte público é um direito social dos brasileiros e é responsabilidade dos governos garantir esse serviço mesmo durante o isolamento social do novo coronavírus. Trabalhadores de diversos segmentos, muitos em atividades essenciais como saúde pública e abastecimento, precisam do transporte público para se locomover da casa para o trabalho e vice-versa.

Na cidade de Londrina o serviço de ônibus público não foi interrompido mesmo durante as primeiras semanas de isolamento social, quando restaurantes, bares e lojas ficaram fechados.

A pandemia de coronavírus é uma situação dramática e diante de uma doença nova e complexa há muitas dúvidas. Porém, é fato que o transporte coletivo precisa continuar operando. Mas com flexibilidade e atendendo às recomendações dos infectologistas para proteger a saúde das pessoas que trabalham no setor, como motoristas e cobradores, e para os usuários.

Planejamento quanto a itinerários, horários, condições especiais de limpeza dos ônibus e higienização dos pontos de embarque e desembarque e dos terminais fazem parte da estratégia de combate à Covid-19.

Nesse sentido, é importante a medida anunciada pelo município de Londrina de flexibilizar os horários das empresas de diferentes categorias já a partir desta semana com o objetivo de diminuir a ocupação dos ônibus no horário de pico.

Lojas e shoppings já vinham atuando em horário diferenciado. Agora, o município vai atrasar para as 9 horas o horário de entrada dos prestadores de serviços que não estão em home office, como funcionários de escritórios, cabeleireiros, mecânicos, empregados domésticos, entre outros.

A medida é necessária, mas será um grande desafio implantar uma mudança que dependerá muito da conscientização dos empregadores e trabalhadores. Hoje, a prioridade é conter o vírus e salvar as pessoas. Para tanto, flexibilizar os horários dos setores de produção e de serviços é sinal de resiliência e comprometimento.

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