Sob o título "A desdemocratização pelas armas," coluna de 21 de fevereiro de 2019 na FOLHA do sociólogo e professor da UEL Marcos Rossi, arrisca com algum sucesso revelar-se marxista e neologista convicto, não obstante tratar-se de um texto próximo à incompreensão. O que chama atenção, além de expressões metafóricas engajadas como "sociabilidade burguesa", "distopias melancólicas", "diálogos suspensos", "hierarquizar o indivíduo", "antivalores", são os claros momentos de velhas elucubrações maniqueístas do esquerdismo crônico. Resta ao cidadão comum, aquele que lê no artigo um certo "egoísmo que condecora a desumanização(?)", que se vê impotente diante da bandidagem e da violência, em hipótese, levar o texto rebuscado do professor ao marginal que empunha sua arma em um assalto, ou lembrar-se, neste momento crucial, de Stálin, figura cultuada pelo professor, aquele que líder "hierarquizado" executava seus contrários com requintes de ampla e indiscutível crueldade. Haja Engov.

ALEXANDRE MODESTO CORDEIRO (engenheiro civil) - Londrina


A morte de Reis Velloso

Morreu o economista e ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso (piauiense de 87 anos). Ele foi ministro do Planejamento do governo de Emilio Garrastazu Médici e também do governo Ernesto Geisel. Compartilhou-se no trabalho do economista Roberto Campos (falecido em 2005). Campos, como se sabe, era conhecido como patrono-mor da economia brasileira. Tanto Velloso quanto Campos foram responsáveis pela invenção de ICM ou ICMS no país - "o maior fiasco do país em desenvolvimento" - cujo imposto só foi aprovado no Congresso Nacional porque quem votasse contra correria o risco de cassação. Os políticos que lutaram contra o regime militar preferiram manter o ICMS, visto que esse imposto é exímio na fabricação de propina aos políticos.

OSAMU ARAZAWA (contador) - Londrina