A cada semana, duas escolas municipais são arrombadas em Londrina. O balanço é da secretaria municipal de Educação. Essas ocorrências vêm aumentando nos últimos meses. Para os professores e diretores, a incidência em crescimento está ocorrendo em razão do fechamento das unidades por conta da pandemia do novo coronavírus.

Somente neste ano foram 43 ocorrências, sendo 27 entre abril e maio. O primeiro trimestre teve 16 registros. A média é de uma invasão a cada 3,5 dias. Em todo o ano de 2019 foram contabilizadas 61 violações.

Em entrevista à FOLHA, a secretária de Educação Maria Tereza Paschoal de Moraes explicou que normalmente há mais ocorrências no período de férias, quando as escolas ficam fechadas por um tempo longo. Nem sempre os invasores furtam objetos das unidades. Às vezes, eles invadem para sujar as salas ou quebrar alguma coisa.

De qualquer maneira, há prejuízo para os cofres públicos e para os alunos e professores que utilizam o espaço. Na maioria das vezes, os ladrões levam aparelhos de ar-condicionado, som, televisores e computadores que desfalcam o trabalho realizado nas escolas, mesmo com as crianças estudando em casa.

Um dos exemplos mostrados na reportagem é a escola municipal Aristeu dos Santos Ribas, localizada no conjunto João Paz, na zona norte de Londrina. Neste ano, a instituição de ensino registrou cinco invasões, sendo quatro delas nos últimos dois meses.

A secretaria informa que a prefeitura está providenciando a compra de alarmes para algumas escolas que ainda não possuem. É uma medida interessante para inibir a ação de ladrões e vândalos. Mas não é suficiente.

Muitas vezes os invasores fazem parte do próprio bairro onde a unidade de ensino ou creche está inserida. Para diminuir essas ocorrências que prejudicam a sociedade, é preciso que as famílias que são beneficiadas pelas escolas ajudem a fiscalizar e a tomar conta desses prédios públicos. É ótimo instalar câmeras, aumentar a vigilância, mas é melhor que a comunidade se preocupe em cuidar da sua escola.

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