O Dia das Mães deste ano está chegando. Pouco a pouco, as pessoas vão retomando suas vidas no pós-pandemia. Assim como o comércio, que tem a expectativa de elevar a venda em relação aos três anos anteriores, afetados pelas restrições da Covid-19. E, nesse sentido, quero chamar a atenção para a essência da data: a homenagem às mães. Tal qual a comercialização de presentes, assim também deve ser nossa devoção e celebração às grandes protagonistas dessa data, em especial nossa Mãe Padroeira, Nossa Senhora Aparecida.

Maria é mãe. Desde que aceitou o chamado de Deus para gerar seu filho Jesus, fruto da ação do Espírito Santo, Maria se tornou não apenas mãe do Filho de Deus, mas, de toda a humanidade. Seu “sim” foi um gesto que abraçou todos nós, colocando-nos debaixo de seu manto. Maria suportou toda a dor e o sofrimento enfrentados por Cristo e, dessa maneira, nos ajuda a enfrentar todas as dores e sofrimentos pelos quais passamos ao longo de nossa vida e de nossa caminhada.

De modo especial, Nossa Senhora Aparecida, mãe do povo brasileiro. Maria é mãe que nunca abandona seus filhos. Maria é mãe atenta às necessidades de seus filhos. Assim como naquela pescaria, mais de 300 anos atrás, no Rio Paraíba do Sul, em que os pescadores pescaram tantos peixes que já não cabia mais na rede. Maria é mãe da abundância que, mesmo na dificuldade, não deixa faltar o essencial aos seus filhos. Maria é a mãe a quem podemos recorrer em qualquer momento, confiantes de que ela ouve nossos anseios e pedidos, levando-os até Jesus.

Foi assim em Caná da Galileia, quando faltou o vinho no casamento onde ela e Jesus eram convidados. Perspicaz, Maria estava atenta ao que poderia acontecer se, de fato, o vinho não fosse servido naquela boda. Assim, intercedeu a seu filho, que realizou o primeiro milagre. Maria é a mãe que intercede por nós junto a Jesus. É quem não nos desampara, é quem nos socorre. É quem nos acolhe e nos escuta. E esta é a grande missão de Maria, como mãe: conduzir todos os seus filhos a Jesus Cristo, no caminho da fé e da oração, muitas vezes, através da dor e da dificuldade, mas, sobretudo, pela estrada da esperança.

Sob esse aspecto, Maria é a realização concreta do próprio Evangelho. É pura, santa e imaculada. É obediente e resiliente. É mãe e, ao mesmo tempo, fiel aos planos divinos. Maria é a personificação da santidade, acompanhada pelas lutas diárias e pela alegria de enfrentar essas adversidades. Por isso, neste Dia das Mães, quero convidar você, caro (a) leitor (a) a encontrar-se com a mãe, Maria, com a Mãe Padroeira, com a Mãe Aparecida. E, neste encontro, abrir seu coração num gesto de sinceridade, de filho para mãe.

Quais são as adversidades pelas quais você está passando? Quais são os problemas que você está enfrentando? Este é o momento de entregar cada um desses pedidos no colo de Maria, para que ela possa levar até Jesus. Afinal, a gente costuma dizer que um filho não nega um pedido de mãe. Ainda mais quando essa mãe é Nossa Senhora Aparecida. Mas, também, é uma data especial para homenagearmos as nossas mães, as nossas avós e, muitas vezes, a pessoa que representa a figura materna para cada um de nós.

Sim, também é tempo de presentear nossas mães. É preciso encontrar e alcançar esse equilíbrio entra a vida material e a espiritual. Mas, sobretudo, é tempo de manifestar nosso carinho e nosso amor por nossas mães, sejam elas quem forem, estejam elas como estiverem. Porque cada uma de nossas mães ou das pessoas que representam essa figura materna têm um pouco de Nossa Senhora Aparecida: são mães que sofrem tudo o que for necessário por seus filhos. Por isso, quero elevar a Deus uma prece e uma oração especiais a todas as mães desse nosso Brasil. Que todas elas sintam-se acolhidas no Santuário de Nossa Senhora Aparecida de Londrina, porque a Casa da Mãe, além de ser a casa de todos os filhos, é também a casa de todas as mães, que também são filhas.

Padre Rodolfo Trisltz, pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

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