Mesmo que os bolsonaristas queiram minimizar os escândalos da 'rachadinha' de Flávio Bolsonaro, fazendo comparações com a bilionária corrupção que assola os poderes da República, o fato é que a tal apropriação de parte dos salários de assessores é uma vergonhosa desonestidade. A prática imoral é corriqueira e usual em grande parte das casas legislativas do país, desde minúsculas câmaras de vereadores, passando por assembleias legislativas, até o Congresso Nacional. Quadros superdimensionados de assessores, salários estratosféricos fora da realidade de mercado e ocupantes dos cargos com currículos de paupérrima qualidade e de baixo custo é a receita pronta para políticos ladrões saquearem o erário. Os orçamentos para a remuneração dos nossos parlamentares são afrontosos à condição de vida da grande maioria dos brasileiros e nos revolta saber que uma significativa parte desses recursos serve para enriquecer ilicitamente vereadores, deputados e senadores corruptos. Disseminada em todo o país, esse tipo de corrupção tem como símbolo perfeito a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde metade dos seus deputados são investigados por esse roubo desavergonhado do dinheiro público. Os desvios atingem cerca de 300 milhões de reais. A manobra para que o Coaf, onde essa falcatrua é mais facilmente detectada, fosse retirado da supervisão do então ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi sintomática. A estratégia não era só blindar o filho senador, mas também para salvar a pele de outros membros do clã presidencial, encobrindo o trabalho sujo do seu operador financeiro.

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina

Cota racial nas eleições

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral foi muito acertada em estabelecer cota de financiamento eleitoral mínima para candidatos e candidatas negras, como mostrou a FOLHA ("Para sociólogos, cota de negros nas eleições não corrige deficit histórico", 29 e 30/08/2020). Como disse a reportagem, os afrodescendentes, embora maioria no país, não ocupam na mesma proporção as vagas nas câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso.

Maria Julia Silva (estudante) Londrina

MEMÓRIA

31 de agosto de 2015

Movimento quer garantir que ferrovia passe por Londrina

O mapa abaixo explica por que políticos e empresários de Londrina e região lotaram um ônibus para encontrar o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, dia 21 de agosto, em Curitiba. No estudo de viabilidade do Tramo Sul da Ferrovia Norte-Sul, o corredor branco foi apontado como o mais adequado dos pontos de vista econômico, ambiental e de relevo. O traçado proposto pelo governo ( linha escura) coincide com praticamente todo o corredor, desde o Rio Grande do Sul até o Norte do Paraná. Mas, quando chega próximo a Maringá, é desviado, em linha reta, para Panorama (SP), deixando Londrina e Apucarana sem trilhos. A importância da ferrovia para a região foi um dos destaques do 2º Encontros Folha, realizado em setembro do ano passado pelo Grupo Folha.