Superlotação das cadeias: Depen diz que 'houve avanço'
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
Luiz Guilherme Bannwart<br>Especial para a FOLHA

Em nota, o Departamento Penitenciário (Depen) informou que no momento não seria possível apresentar os números referentes à população carcerária no Norte Pioneiro. Porém, que a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, assim como a direção da Polícia Civil, estão cientes do problema de superlotação e das fugas registradas nas carceragens das delegacias do Estado e salientou que já houve avanços. Segundo o órgão, no início de 2011 a Polícia Civil gerenciava em torno 14 mil presos e hoje o número é de aproximadamente 9,5 mil custodiados.
Ainda de acordo com Depen, a cúpula da segurança pública estadual tem trabalhado para zerar o número de presos nas delegacias. Semanalmente, o Comitê de Transferência de Presos (Cotransp), que conta com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, autoriza a transferência de presos de delegacias para o sistema prisional. No entanto, as vagas são abertas somente com a saída de presos, o que depende de autorização do Poder Judiciário.
A solução para os casos de superlotação carcerária, segundo o Depen, será a construção de 14 penitenciárias e a ampliação das unidades prisionais do Estado, que irão oferecer cerca de 7 mil novas vagas. A previsão é de que até o meio do ano que vem estejam disponíveis mais de 2,4 mil vagas e até o fim de 2018 todas as quase 7 mil.
Além disso, uma alternativa é a adoção das tornozeleiras eletrônicas para os presos que cometeram crimes de menor potencial ofensivo e que passam a ser monitorados a partir do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária. O número de presos monitorados subiu de 500, no início de 2015, para mais de 6 mil este ano. Para atender as regiões Norte e Norte pioneiro do Estado está prevista a Construção da Cadeia Pública de Londrina, que irá abrigar 752 presos. A obra deve ter início nos primeiros meses de 2018.
A instalação de celas modulares equipadas com camas e banheiro também irá ampliar a capacidade de atendimento nas unidades já existentes. É o caso da Cadeia Pública de Cornélio Procópio, que irá receber 12 módulos com capacidade para receber 120 presos.

