Figueira - A população de Figueira está respirando mais aliviada com a notícia de que a Copel vai modernizar a usina termelétrica instalada na cidade há 50 anos. A modernização é uma exigência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que fixou um prazo até 2015 para que as termelétricas do País passassem por esse processo.
Sem a mudança, a usina seria desativada e, em consequência, também deixaria de funcionar a mina de carvão que fornece a matéria-prima para a usina e gera o maior número de empregos na cidade. O investimento anunciado pela Copel para modernização da termelétrica é de R$ 106 milhões.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Carvão no Estado do Paraná, com sede em Figueira, Carlos de Jesus Oliveira, afirma que "a cidade está mais feliz com a notícia". Segundo ele, o ambiente na cidade passou da incerteza para a confiança. "A gente tinha medo porque a usina estava ultrapassada e, se o governo não investisse, a usina iria fechar. Agora, a nossa esperança é que as coisas melhorem cada vez mais", afirma.
A esperança de Oliveira é que não apenas sejam mantidos os 350 empregos atuais na mina de carvão, mas que também sejam criados novos postos de trabalho no local. "Com a modernização, nós vamos extrair mais carvão para a usina e, aumentando a produção, a expectativa é que aumente também a mão de obra." Segundo ele, hoje são extraídas 6,5 mil toneladas de carvão por mês. O presidente do sindicato não soube estimar para quanto poderá ser aumentada a extração do minério.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Figueira, Luiz Carlos Okada, o investimento que será feito na usina será importante não só para o comércio, mas para toda a população. Segundo ele, a informação acaba com o clima de insegurança que podia ser observado na cidade. "Agora está tudo bem, graças a Deus", justifica.
O empresário acredita que, além de aumentar a confiança dos moradores, a modernização da usina vai contribuir para a geração de empregos e receitas para o município. Segundo ele, a dependência da cidade é tanta em relação à usina que até os imóveis do município serão valorizados.
Agora, com os novos investimentos, o prefeito de Figueira, Valdir Garcia (PP), comemora não apenas a manutenção dos empregos nas minas de carvão, mas principalmente a geração de novos empregos com as obras de modernização da usina. O prefeito está confiante que a arrecadação de impostos no município vai aumentar com a geração de mais energia que a obra vai proporcionar. "Nós estamos lutando há mais de 20 anos para que a modernização da usina aconteça e a notícia dos investimentos representa um avanço muito grande porque a usina corria o risco de ser fechada, o que causaria um impacto social sem precedentes", afirma.

Imagem ilustrativa da imagem Reforma em usina traz alívio para Figueira