Obras do Hospital Regional estão próximas da retomada

Cornélio Procópio - Paralisadas desde julho de 2015, as obras do Hospital Regional de Cornélio Procópio devem ser retomadas ainda este ano, se tudo correr conforme a programação da Prefeitura. No dia 4 de outubro, foi finalizada a licitação que escolheu a nova empreiteira para concluir as construções, tendo a Matserv Comércio e Serviço Ltda como vencedora. Segundo o engenheiro civil do Município Gerson Pereira Mensato, cerca de 48% do projeto já foi efetivado. A previsão é que o restante seja concluído em 18 meses.

A ordem de serviço para o início das obras já foi expedido à empresa. "Agora é necessário apenas cumprir formalidades junto à Caixa Econômica Federal, que fará o repasse da verba, conforme o andamento da obra. Acredito que até novembro já tenha sido concretizada esta etapa, e então os trabalhos iniciam imediatamente", afirma Mensato. A liberação do dinheiro que estava assegurado junto à Caixa foi conseguido, segundo a vice-prefeita Angelia Olchaneski, com o apoio do ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Atualmente o hospital está orçado em R$ 20,250 milhões. Conforme o engenheiro, R$ 7,8 milhões foram pagos à construtora que iniciou os trabalhos, a Endeal Engenharia e Construções Ltda, e o restante será destinado para a conclusão da obra.

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PARALISAÇÃO
A construção foi paralisada após o rompimento do contrato por desacordo entre a antiga construtora e a Prefeitura, sobre aditivos necessários para prosseguimento da obra. Em 2016 a Endeal ingressou na Justiça alegando ter realizado mais serviços do que efetivamente recebera financeiramente. "Foi obtida uma liminar que suspendeu as obras até a realização de um perícia, para concluir quanto, de fato, foi construído e qual o valor devido. Como a perícia já foi realizada, apontando a efetivação de 48,12% da obra, já podemos retomar os serviços", afirma o procurador jurídico da Prefeitura, Vagner Cesar Teixeira Romão. O processo está em trâmite perante a 2ª Vara da Fazenda Pública de Cornélio Procópio. O laudo apontou que a prefeitura deve pagar R$ 29 mil à Endeal. A prefeitura acenou concordância com o cálculo do perito, porém, o processo ainda aguarda manifestação da construtora, para posterior sentença judicial.

O hospital está com dois dos três blocos prontos. "Fiscalizaremos para que a nova empresa cumpra com afinco o contrato em 18 meses. Esse é um passo fundamental para a vinda do curso de medicina", afirma Olchaneski. O projeto prevê três centros cirúrgicos de média-complexidade, 140 leitos (incluindo UTIs), e atenderá os 20 municípios da Amunop (Associação dos Municípios do Norte do Paraná), abrangendo uma população de quase 300 mil habitantes.