Uma espécie de museu montado na sala de espera de um laboratório de análises clínicas, em Jacarezinho, pode impressionar quem visita o estabelecimento pela primeira vez. No local estão mais de 20 peças que mostram a evolução do setor nos últimos 50 anos. Entre os equipamentos estão o esterelizador, a seringa e a agulha usadas para fazer coletas de sangue e um microscóspio.
Quem faz questão de preservar todos estes objetos é o farmacêutico bioquímico Paulo Diniz, diretor técnico do laboratório. Ele se formou em 1967 pela Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, e decidiu se estabelecer em Jacarezinho, onde permanece até hoje, porque a família era da região.
Os equipamentos expostos são os mesmos usados nos primeiros anos do laboratório, fundado em 1968. Vários equipamentos foram ''aposentados'' quando ainda estavam em condições de uso, entre eles, o microscópio, que poderia ser utilizado normalmente. ''Guardar este material é importante para a preservação das análises clínicas porque antes todo material era reutilizado depois da esterilização'', explica.
Hoje, o laboratório tem o que existe de mais moderno e segue os rigorosos controles de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o setor de análises clínicas. Todo processo é informatizado desde o momento da coleta das amostras, sendo tudo identificado por um sistema de código de barras, sem contato manual.
Segundo o diretor, isto gera mais segurança para o paciente porque o risco de trocas de amostras praticamente não existe, sem falar que todo material usado no processo é descartável, desde as luvas usadas pelos funcionários até os recipientes onde as amostras são colocadas. ''Hoje, o tubo que entra para a coleta é o mesmo que vai até o fim da rotina, sem troca de tubo ou manipulação do material, e os exames só são liberados depois que passam pelos controles de qualidade interna e externa'', afirma.