Grupo tomou as ruas em Caracas para reivindicar a marcação de eleições gerais na Venezuela
Grupo tomou as ruas em Caracas para reivindicar a marcação de eleições gerais na Venezuela | Foto: Juan Barreto/AFP



Caracas - Policiais da tropa de choque usaram bombas de gás lacrimogêneo para conter o avanço até o centro de Caracas de milhares de opositores que marcharam nesta quarta-feira (26) para exigir eleições gerais na Venezuela, em um novo desafio ao presidente Nicolás Maduro.

O prefeito do município de Chacao, Ramón Muchacho, denunciou no Twitter que um manifestante de 20 anos deu entrada "sem sinais vitais" em um centro médico da localidade e pediu "uma investigação que esclareça os fatos". O óbito, o 28º provocado pela violência vinculada aos protestos celebrados desde o início do mês, foi confirmado à AFP por uma fonte do Ministério Público. Mais cedo, a Procuradoria já tinha reportado a morte de um homem de 22 anos na noite anterior após ter sido baleado durante protesto em Valencia.

De volta às ruas nesta quarta, um grupo de jovens com o rosto coberto por capuzes e tecidos, alguns com máscaras de gás, respondia à repressão das forças de segurança com pedras e outros objetos, na estratégica estrada Francisco Fajardo, no leste de Caracas.

A militarizada Guarda Nacional, que reforçou a polícia, também atirava balas de borracha e jatos d'água, além de uma chuva de gás lacrimogêneo. "Em frente", que as bombas não matam, gritou o vice-presidente do Parlamento, o opositor Freddy Guevara.

Em outras cidades, como em San Cristóbal, as forças de segurança também dispersaram os manifestantes da mesma maneira. Na capital, os opositores, vestidos de branco e carregando bandeiras da Venezuela, se concentraram em vários setores com o objetivo de chegar à sede da Defensoria Pública, no centro da cidade, considerado um reduto chavista, onde até agora não conseguiram entrar.