Região mais atingida foi a de Sar-e Pol-e Zahab; hospital e metade das escolas ficaram danificados
Região mais atingida foi a de Sar-e Pol-e Zahab; hospital e metade das escolas ficaram danificados | Foto: Farzad Menati/Tasnim News/AFP



Teerã - Equipes de resgate iranianas procuravam nesta segunda-feira (13) possíveis sobreviventes do terremoto de 7,3 graus de magnitude, que sacudiu o oeste do país e várias regiões iraquianas na noite de domingo (12), deixando mais de 400 mortos e milhares de feridos.

A maior parte das vítimas é do Irã, onde o balanço parcial na tarde desta segunda-feira (13) indicava a morte de 407 pessoas e o número de 6,7 mil feridos, todos na província ocidental de Karmanshah, fronteiriça com o Iraque. Neste último país, o balanço oficial era de oito mortos e 336 feridos.

Com o anoitecer, as autoridades enfrentavam o desafio de abrigar e alimentar dezenas de milhares de pessoas obrigadas a dormir ao relento pela segunda noite seguida. "As necessidades imediatas das pessoas são tendas, água e alimentos", declarou à televisão estatal iraniana o general Mohamad Ali Yafari, chefe dos Guardiões da Revolução, o Exército de elite da República Islâmica, durante uma visita às zonas atingidas. "Os imóveis construídos recentemente (...) resistiram bem, mas as velhas casas de terra ficaram totalmente destruídas", acrescentou.

DESTRUIÇÃO TOTAL
O epicentro do tremor foi a 50 quilômetros ao norte de Sar-e Pol-e Zahab, cidade mais afetada pelo terremoto, onde morreram 280 pessoas. De acordo com a imprensa iraniana, uma mulher e um bebê foram resgatados com vida entre os escombros durante a manhã de segunda nesta cidade de 85 mil habitantes. Nenhuma equipe de jornalismo estrangeira recebeu autorização para ir ao local da catástrofe nesta segunda-feira.

A televisão estatal exibiu imagens gravadas durante a noite em Sar-e Pol-e Zahab que mostram edifícios de cinco ou seis andares com as fachadas destruídas, mas cujas estruturas resistiram ao tremor. Fotografias da agência Isna tiradas de manhã na mesma cidade mostram carros esmagados após o desabamento de muros. Segundo responsáveis locais, o hospital e metade das escolas da zona ficaram danificados. O governo anunciou ter distribuído milhares de tendas, cobertores, alimentos e água.

Os tremores são frequentes no Irã. Em junho de 1990, um terremoto de 7,4 graus no Irã, perto do mar Cáspio (norte), deixou 40 mil mortos e mais de 300 mil feridos, além de meio milhão de desabrigados. Em 2003, um terremoto na cidade de Bam, província de Kerman (sudeste do Irã), matou 31 mil pessoas e a cidade ficou praticamente destruída.

Em abril de 2013, dois terremotos foram registrados no Irã, com poucos dias de intervalo, de magnitude 6,6 e 7,7, o mais forte no país desde 1957.