SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com uma alta de 793 mortes entre sexta (20) e sábado (21) e 6.557 novos casos confirmados de coronavírus na Itália, o governo avalia fechar todas as empresas não essenciais (exceto as de remédios e alimentos), segundo o jornal britânico The Guardian.

Com os hospitais superlotados e sem UTIs suficientes para todos os casos graves, o país tem registrado recordes sucessivos de mortes diárias. Na tarde deste sábado, haviam sido confirmados 53.578 casos, atrás apenas da China, com 80 mil.

Desde quinta, a Itália se tornou o país com o maior número de mortes no mundo. Neste sábado, eram 4.825, 48% a mais que as 3.255 mortes na China. O país abriga também o maior número de doentes em estado grave: 4.357.

O país está em quarentena desde o dia 9 de março, mas a crescente gravidade da situação italiana tem feito crescer as queixas de profissionais que ainda precisam ir até o local de trabalho.

Na sexta, o governo proibiu que as pessoas saíssem para correr ou andar de bicicleta, em todo o país. Em algumas regiões, até mesmo supermercados estão sendo fechados aos finais de semana, e o governo italiano aumentou a fiscalização para garantir que as pessoas não circulem pelas ruas.

Na Lombardia, região mais rica da Itália, que foi a origem do surto e tem hoje quase a metade dos doentes do país, o governo pediu ajuda do Exército para reforçar o trabalho da polícia.

Mais de 60 mil pessoas já foram autuadas por infringir a ordem de isolamento social, segundo o Ministério do Interior.