São Paulo, SP, e Genebra (UOL-FOLHAPRESS) - Com o voto favorável de 93 países, a Rússia foi suspensa nesta quinta-feira (7) do conselho de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) em decisão inédita contra um membro permanente. Apenas 24 países foram contrários à suspensão. Outros 58 se abstiveram, entre eles, o Brasil - que diz esperar pela conclusão das investigações, como antecipou Jamil Chade, colunista do UOL. Com isso, o governo do presidente Jair Bolsonaro consolidou a postura de afastamento em relação às potências ocidentais.

Na América do Sul, os governos da Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Equador deram seu apoio à suspensão. Já países como China, Cazaquistão, Síria, Irã, Cuba, Coreia do Norte e Venezuela se posicionaram contra a medida. O bloco de ditaduras denunciou as potências ocidentais, relembrou violações cometidas pelos EUA em diferentes partes do mundo e a ameaça que a medida poderia causar para a sobrevivência dos organismos internacionais. Para o governo da China, a suspensão vai "jogar gasolina no fogo" e não ajudará a trazer a paz.