Reino Unido faz um minuto de silêncio em memória de Elizabeth 2ª
Cerimônia fúnebre começa 7h nesta segunda-feira, com a presença de dezenas de líderes mundiais
PUBLICAÇÃO
domingo, 18 de setembro de 2022
Cerimônia fúnebre começa 7h nesta segunda-feira, com a presença de dezenas de líderes mundiais
Alfons Luna - France Presse

Londres - O Reino Unido observou neste domingo (18) um minuto de silêncio pela morte de Elizabeth 2ª, na véspera do funeral de Estado com a presença de dezenas de líderes mundiais, como os presidentes americano, Joe Biden, e brasileiro, Jair Bolsonaro, que foram recebidos pelo sucessor da soberana, o rei Charles 3º, no Palácio de Buckinham.
Às 20h locais, o Reino Unido fez um minuto de silêncio que, na capela instalada no Westminster Hall, se traduziu em uma paralisação da fila de pessoas que desde a quarta-feira (14) desfilam diante do caixão da soberana para lhe dar seu último adeus.
Os britânicos aproveitam as últimas horas para prestar seus respeitos à única rainha que conheceram até sua morte, aos 96 anos, em 8 de setembro, após passar sete décadas no trono. A capela ardente fechará suas portas às 6h30 locais (02h30 de Brasília) de segunda-feira.
"Decidi me juntar, no último minuto, à fila e aqui estamos. Vou poder vê-la, então estou muito emocionado", disse à AFP Chris Young, um bombeiro de 50 anos, que calcula ter ficado "talvez sete horas" esperando para se despedir de "uma dama realmente especial".
A transcendência da monarca que mais tempo reinou o país se evidencia na lista de presentes no serviço fúnebre, como não se via em Londres desde a morte, em 1965, de Winston Churchill, que liderou o país durante a Segunda Guerra Mundial.
'UMA MULHER SÓ'
Sua nora, a rainha consorte Camilla, destacou que Elizabeth 2ª foi "uma mulher só" em um mundo de homens. "Não havia mulheres primeiras-ministras, nem presidentes. Ela era a única, então penso que forjou seu próprio papel", afirmou a esposa do rei.
Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden; da França, Emmanuel Macron; do Brasil, Jair Bolsonaro, assim como os monarcas da Espanha, Suécia, Noruega, Luxemburgo, Mônaco, Bélgica e Holanda, além do imperador japonês Naruhito, acompanharão o funeral de Estado na Abadia de Westminster.
A quantidade de líderes mundiais e o funeral de modo geral representam um desafio de segurança "maior que os Jogos Olímpicos de 2012", disse o vice-comissário da Scotland Yard, Stuart Cundy.
O funeral de segunda-feira começará com o transporte do caixão da rainha, que está no Parlamento britânico, para a Abadia de Westminster.
Às 11h (7h de Brasília) começará a cerimônia fúnebre, oficiada pelo deão de Westminster, David Hoyle, e com um sermão de Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, da qual o monarca da Inglaterra é o chefe desde o rompimento de Henrique VIII com Roma no século XVI.
Após a cerimônia, o caixão de Elizabeth II será levado em uma montaria, com a participação de militares, pelas ruas de Londres até o Wellington Arch, em Hyde Park Corner, em um cortejo que deve ser observado por um milhão de pessoas.
A partir deste ponto será levado de carro até o Castelo de Windsor, a 30 quilômetros de distância, onde acontecerão uma nova cerimônia fúnebre, apenas para a família, e o enterro.
Espera-se que centenas de milhares de pessoas se reúnam ao longo do trajeto e milhões devem assistir ao funeral em pubs, telões instalados em parques e até cinemas exibirão o rito.
Desde sábado, 48 horas antes do cortejo fúnebre, muitas pessoas já estavam posicionadas em diferentes pontos do trajeto.
¨¨¨¨
Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1

