São Paulo - Ao menos uma pessoa morreu no Reino Unido vítima da variante ômicron do coronavírus, afirmou nesta segunda (13) o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que fez um alerta contra a crença de que a nova cepa é menos mortal que as anteriores e fez um apelo a favor da vacinação. Ele não divulgou a idade do paciente e nem se ele estava vacinado ou se apresentava comorbidades.

Imagem ilustrativa da imagem Reino Unido confirma primeira morte causada pela variante ômicron
| Foto: Jeremy Selwyn/AFP

"Infelizmente, sim, a ômicron está gerando hospitalizações e, infelizmente, pelo menos um paciente teve a morte por ômicron confirmada", disse Johnson, durante visita a um centro de vacinas em Paddington, oeste de Londres.

Segundo o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, dez pessoas estão hospitalizadas na Inglaterra com a variante - no total, 3.137 foram diagnosticadas com a ômicron.

"A ideia de que esta é, de alguma forma, uma versão mais branda do vírus, acho que é algo que precisamos deixar de lado e apenas reconhecer o ritmo com que ele [vírus] acelera pela população. Portanto, a melhor coisa que podemos fazer é obter nossos reforços [de vacina]", disse Johnson.

Segundo Javid, a variante, identificada inicialmente na África do Sul, se espalha a um "ritmo fenomenal" e já responde por cerca de 40% das infecções em Londres.

No domingo (12), Johnson afirmou que um "maremoto" de ômicron está prestes a atingir o país. E o governo alertou que, se não forem adotadas medidas de prevenção, 1 milhão de pessoas poderá ser infectada pela nova variante até o fim de dezembro.

Cientistas afirmam que a ômicron, muito mais transmissível que outras cepas, é capaz de infectar pessoas que receberam duas doses de vacina.

Dados preliminares revelados na última sexta-feira (10) apontaram que a eficácia da vacina contra infecções sintomáticas é significativamente menor contra a ômicron para quem recebeu duas doses, mas que uma terceira dose de ambas as vacinas usadas no país - Pfizer e Moderna - pode aumentar a proteção para mais de 70%.

Segundo o ministro, apesar de os sintomas da cepa possivelmente serem mais leves, a não ser que o governo aja, o sistema de saúde poderá ficar sobrecarregado.