Nova York - O prefeito de Nova York foi vaiado nesta quinta-feira (4) por uma multidão reunida para homenagear George Floyd, que o reprova por sua tolerância a táticas policiais pesadas contra manifestantes que desafiam o toque de recolher imposto na cidade.

Protestos maciços ocorrem diariamente em mais de cem cidades, incluindo Nova York
Protestos maciços ocorrem diariamente em mais de cem cidades, incluindo Nova York | Foto: Angela Weiss/AFP

Centenas de manifestantes vaiaram o prefeito Bill de Blasio durante suas breves declarações na vigília no Brooklyn nesta quinta-feira, depois de uma noite em que a polícia bateu em manifestantes pacíficos, segundo vídeos transmitidos nas redes sociais.

De Blasio disse aos repórteres que não tinha visto os vídeos, mas defendeu a maneira como o toque de recolher foi implementado e disse que a polícia de Nova York mostrou "em geral muita restrição"."No contexto da crise, no toque de recolher, há um ponto em que já basta", disse.

A morte de Floyd, um homem negro, em Minneapolis, na semana passada, provocou indignação em todo o país. Protestos maciços ocorrem diariamente em mais de cem cidades, incluindo Nova York.

Floyd parou de respirar quando um policial branco pressionou seu pescoço com o joelho por quase nove minutos durante uma prisão por suposta compra de cigarros com uma nota falsa de US$ 20. Os protestos se intensificaram no início da semana, e houve vários saques e confrontos, o que levou De Blasio a aprovar o primeiro toque de recolher desde a Segunda Guerra Mundial.

O prefeito enfrenta a maior crise de liderança da cidade, que está tentando se recuperar da pandemia de coronavírus que matou mais de 21 mil moradores. Ele foi criticado por apoiar táticas policiais, mas também por não impedir saques em lojas de luxo nos bairros de Manhattan. Uma petição no site change.org lançada no ano passado pedindo a remoção do prefeito do cargo ganhou força nesta semana e agora tem cerca de 110.000 assinaturas.