SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, anunciou nesta sexta-feira (15) que o tenente-general aposentado Russel Honoré, que coordenou a resposta ao furacão Katrina, em 2005, vai conduzir uma revisão da "infraestrutura de segurança" do Capitólio para a posse do presidente eleito Joe Biden, marcada para daqui a cinco dias.

Após o ataque ao Congresso que deixou cinco pessoas mortas na semana passada, há ameaças de novos protestos violentos com pessoas armadas em todos os 50 estados e na capital Washington.

"Para proteger nossa democracia, devemos agora sujeitar a segurança do Capitólio a um escrutínio rigoroso", afirmou a líder democrata. Pelosi descreveu Honoré como "um líder respeitado com experiência em lidar com crises", incluindo a resposta de socorro militar quando o furacão Katrina devastou Nova Orleans em 2005.

A capital do país continuou a aumentar a segurança nesta sexta, fechando o acesso a monumentos icônicos e erguendo postos de controle de veículos ao redor do centro de Washington.

As inaugurações presidenciais são sempre eventos com operações de segurança lideradas pelo Serviço Secreto, mas as medidas deste ano foram intensificadas depois que apoiadores de Trump invadiram o Capitólio em 6 de janeiro, em uma tentativa de impedir a certificação final da vitória de Biden.

O National Park Service informou que o Lincoln Memorial e o Obelisco, cartões-postais da cidade, ficarão fechados para visitantes até pelo menos 21 de janeiro. A área ao redor da Casa Branca também foi fechada, assim como uma ponte importante que conecta o estado de Virginia a Washington.

"Não podemos permitir a recorrência do caos e das atividades ilegais que os Estados Unidos e o mundo testemunharam na semana passada", disse Matthew Miller, chefe do escritório de campo do Serviço Secreto em Washington.

O futuro chefe de gabinete de Biden, Ron Klain, disse em uma entrevista ao jornal The Washington Post que estava confiante de que os policiais seriam capazes de garantir a segurança da posse. Membros da Guarda Nacional já estão na capital para ajudar na segurança —espera-se que pelo menos 20 mil estejam presentes na posse.