O primeiro-ministro israelense eleito, Ariel Sharon, promovia ontem intensas negociações para formar um gabinete de união nacional tão amplo que já provocou inquietação em seu partido, o Likud, que teme ficar em minoria na distribuição de pastas.
Sharon integrou em seu projeto os trabalhistas, o principal partido (24 deputados), que devem designar amanhã nomes para os ministérios da Defesa, Exterior, Agricultura, Transportes, Ciências, Comércio e Indústria, Cultura e Esportes, além de dois ministros sem pasta.
Segundo um aliado de Sharon, o prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert, não aceitaria nenhum dos três trabalhistas candidatos ao Ministério da Defesa: Binyamin Ben Eliezer, Ephraim Sneh e Matan Vilnai.
Sharon está se dedicando a integrar seus aliados naturais do Shass ortodoxo (17 deputados), do bloco de ultradireita União Nacional-Israel Beteinu (8 deputados), do Judaísmo Unificado do Torá (5 deputados), do Partido Nacional Religioso (5 deputados) e do partido russo-israelense Israel Be Aliya (4 deputados).
O primeiro-ministro eleito deseja integrar também os ex-dissidentes do Likud, que voltaram ao partido, como os deputados Dan Meridor e os irmãos David e Maxime Levy.