Brasília - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira (16) que vários países da América do Sul solicitaram ajuda do Brasil para repatriar seus cidadãos no conflito Israel-Hamas. Ele ressaltou, no entanto, que o governo está concentrado em repatriar primeiro os brasileiros nas operações.

Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina são alguns dos que teriam pedido ao governo brasileiro carona para que seus cidadãos voltassem ao continente nos voos da FAB (Força Aérea Brasileira) que têm partido de Israel. A operação brasileira, batizada de Voltando em Paz, já trouxe 916 pessoas e 24 animais domésticos de volta do Oriente Médio. Até a quarta-feira (18), terão sido mais de 1.100 resgatados.

Padilha participou de uma videoconferência do presidente Lula (PT) com outros ministros em que a guerra foi discutida.

A prioridade do governo no conflito tem sido repatriar com segurança os brasileiros na região. Há um grupo de 28 pessoas que tenta há dias deixar a Faixa de Gaza, mas a fronteira com o Egito está fechada para passagem.

As negociações para permitir a saída do grupo envolvem Egito, Israel e Estados Unidos. O objetivo do governo brasileiro é garantir uma saída segura para eles, além de ajudar a estabelecer um corredor humanitário para a entrada de ajuda em Gaza.

O governo de Israel negou nesta segunda-feira (16) ter firmado um cessar-fogo temporário com o grupo terrorista Hamas para a retirada de civis de Gaza. Milhares de pessoas continuam encurraladas no território à espera de um acordo para fugir da região rumo ao Egito.

O comunicado israelense foi publicado após a agência de notícias Reuters divulgar que Israel, Egito e EUA tinham concordado com uma trégua na região sul a partir das 3h (no horário de Brasília) desta segunda para a reabertura da passagem de Rafah, que liga Gaza ao território egípcio.