São Paulo - O Nobel de Química 2023 ficou com pesquisas relacionadas à descoberta de pontos quânticos, que deram cor à nanotecnologia. Os vencedores foram Moungi Bawendi, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Louis Brus, da Universidade Columbia, e Alexei Ekimov, do Nanocrystals Technology Inc., todos institutos dos Estados Unidos. Os vencedores dividirão igualmente 11 milhões de coroas suecas (pouco menos de US$ 1 milhão) e ganharão uma medalha e um diploma.

"Muito surpreso, sonolento, chocado e muito honrado", disse Bawendi, um dos laureados, sobre o recebimento do prêmio, por telefone, durante o anúncio do Nobel. Tradicionalmente, a Academia Real Sueca de Ciências liga para os laureados ao redor do mundo na manhã em que o Nobel é anunciado.

O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (4), na Academia Real Sueca de Ciências, em Estocolmo, na Suécia.

A premiação do Nobel teve início com a morte do químico sueco Alfred Nobel (1833-1896). Em seu testamento, em 1895, Nobel registrou que a fortuna deixada deveria ser destinada para a construção de um prêmio. A família do químico recebeu a ideia com contestação. O primeiro prêmio acabou sendo dado somente em 1901.

Para o trabalho de Nobel, inventor da dinamite e responsável pelo desenvolvimento de borracha e couro sintéticos, a química era a ciência de maior importância. O químico registrou 355 patentes em 63 anos de vida.

O processo de escolha do vencedor da área de química começa no ano anterior à premiação. Em setembro, o Comitê do Nobel de Química manda convites (cerca de 3.000) para a indicação de nomes que merecem a homenagem. As respostas são enviadas até o dia 31 de janeiro.

Podem indicar nomes os membros da Academia Real Sueca de Ciências; membros do Comitê do Nobel de Química e de Física; ganhadores do Nobel de Física e de Química; professores de química em universidades e institutos de tecnologia da Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega, e do Instituto Karolinska, em Estocolmo; professores em cargos semelhantes em pelo menos outras seis (mas normalmente em centenas de) universidades escolhidas pela Academia de Ciências, com o objetivo de assegurar a distribuição adequada pelos continentes e áreas de conhecimento; e outros cientistas que a Academia entenda adequados para receber os convites.

Começa então um processo de análise das centenas de nomes apontados, com consulta a especialistas e o desenvolvimento de relatórios, a fim de afunilar a seleção. Finalmente, em outubro, a Academia, por votação majoritária, decide quem receberá o reconhecimento.