O líder opositor da Venezuela Juan Guaidó convocou os cidadãos de todo o país a saírem às ruas no sábado em uma grande mobilização, a quase um ano do início de sua campanha para derrubar o presidente Nicolás Maduro.

"Não temos opção na Venezuela", disse Guaidó em um comício nesta semana, acrescentando que as circunstâncias são difíceis. "A alternativa para a situação hoje é a morte. Queremos a vida".

O novo chamado de Guaidó irá por à prova sua capacidade para atrair as massas, apesar da diminuição do número de gente que o acompanhou em seus atos nos últimos meses, um indício de descontentamento.

A convocatória do líder opositor ocorre em um momento em que a agitação política sacode governos de toda região, desde o Chile até o Equador e a Bolívia, obrigando presidentes a fazer concessões e contribuindo para a saída de um deles. O presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou no último domingo e se autoexilou no México.

Guaidó tem feito vários atos nos últimos dias, lembrando a população de que as condições de vida não estão normais. O opositor visitou bairros e falou com universitários, instando-os a voltar às ruas. A oposição a Maduro publicou vídeos de "Acorda Venezuela!" nas redes sociais para promover a manifestação.

Guaidó rejeitou a ideia de que a desilusão fará com que os venezuelanos fiquem em casa no sábado. "Poucos acreditavam também na Venezuela em 23 de janeiro, disse Guaidó, em referência ao dia em que se autoproclamou presidente do país, no início do ano. "Mas hoje toda Venezuela tem clareza sobre seu futuro". Fonte: Associated Press.