São Paulo - O furacão Helene alcançou a marca de 200 mortes confirmadas nesta quinta-feira (3), se tornando o mais mortal nos Estados Unidos desde o Furacão Katrina, que matou 1.833 pessoas em 2005.

Contagens diferem por pouco. A agência Associated Press informou que o número de mortes era 200, enquanto a contagem da NBC News aponta que já são 202 mortos. O número absoluto de mortos deve aumentar conforme seguem as buscas por desaparecidos.

O Estado com maior número de mortos é a Carolina do Norte, com 98. Outros Estados afetados são a Carolina do Sul, com pelo menos 39 mortos; a Geórgia, com 33 mortos; a Flórida, com 19 mortos; o Tennessee, com 11 mortes, e a Virginia, com 2 mortes. Entre causas para as mortes, estão afogamentos pelas enchentes, queda de árvores, acidentes com veículos e a força do próprio tornado. As informações são da NBC.

"Há perda de vidas, e há muito mais por vir", disse Keith Stone, xerife do Condado de Nash, na Carolina do Norte. "Ainda estamos nos estágios iniciais disso".

Centenas de pessoas estão desaparecidas. As autoridades esperam encontrar sobreviventes quando o sinal de telefonia móvel voltar a funcionar. Entretanto, 966 mil pessoas estão sem energia, segundo o site PowerOutage.us, principalmente nas Carolinas e na Geórgia. A mídia local informa que não é possível precisar o número de pessoas que estão sem água potável, comida e gás.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajou nesta quarta-feira (2) para a Carolina do Norte e Carolina do Sul. Questionado na segunda-feira (30) sobre se o aquecimento global influencia no evento climático, respondeu: "Absolutamente, positivamente, inequivocamente, sim, sim, sim, sim". Biden mobilizou mil soldados americanos para ajudar nas buscas e enviou 6,5 milhões de litros de água potável e 7,1 milhões de refeições aos afetados.

O Helene chegou aos EUA na semana passada e já se dissipou. O furacão tocou o solo da Flórida na última quinta-feira (26) como uma tempestade de categoria 4 (em uma escala que vai até 5), e registrou ventos com velocidade de até 220 km/h. Apesar de ter se dissipado no domingo (29), causou danos inestimáveis por onde passou.