Associated Press
De Miami
Os parentes de Miami de Elián González não entregarão a custódia do menino para o pai – mesmo se ele vier para os Estados Unidos para esperar o resultado de uma batalha legal envolvendo o menino de seis anos, disseram ontem advogados da família.
A família deixaria o pai de Elián, Juan Miguel González, visitá-lo na casa dela em Little Havana, mas, segundo os parentes, o garoto de 6 anos estaria com medo de ser castigado pelo pai, disse o advogado Manny Diaz.
‘‘A família daria boas-vindas a ele em sua casa e se sentariam como uma família e conversariam sobre o que Elián passou e o que está experimentando e tomariam uma decisão como família sobre o que é melhor para a criança neste momento’’, acrescentou.
O pai de Elián pediu para entrar nos Estados Unidos. ‘‘Como a família, estamos monitorando os desdobramentos da possível chegada de Juan Miguel González aos Estados Unidos’’, afirmou o diretor do Serviço de Imigração e Naturalização (INS) em Miami, Robert Wallis.
O INS concordou em promover novas conversações com os parentes de Miami na segunda-feira. A agência quer garantias por escrito de que eles entregarão Elián caso percam a batalha judicial que travam para mantê-lo nos EUA. A agência de imigração anunciou que irá revogar o status de residência provisória do menino se os parentes não assinarem o documento.
Dezenas de ativistas anti-Fidel Castro formaram uma corrente humana na frente da casa dos parentes do menino em Miami. ‘‘Não deixaremos que os direitos civis de Elián sejam violados’’, disse Ramon Saul Sanchez, líder do Movimento Democrático, anti-Fidel. Ontem, Juan Miguel González rechaçou qualquer possibilidade de mudar-se para os Estados Unidos e criticou, em carta aberta publicada em Cuba, a iniciativa do Congresso norte-americano de conceder a ele e a toda a sua família vistos de residência permanente.