Uma série de atentados contra pontos turísticos de Cuba, entre abril e setembro deste ano, foi executada por criminosos salvadorenhos financiados por exilados cubanos, informou ontem o jornal ‘‘The Miami Herald’’.
O dinheiro para comprar o explosivo C-4 utilizado em 11 atentados contra hotéis e um restaurante cubanos, nos quais morreu um turista italiano, foi levantado, segundo a investigação do ‘‘Herald’’, por Luis Posada Carriles, um veterano da guerra secreta dos exilados contra o presidente cubano Fidel Castro.
Os US$ 15 mil usados para financiar a operação foram oferecidos particularmente por ricos exilados cubanos do sul da Flórida. O dinheiro teria sido colocado à disposição de Francisco Chavez, um salvadorenho implicado em vendas de armas aos contras nicaraguenses.
Chavez praticava frequentemente tiro ao alvo com seu compatriota Raul Ernesto Cruz Leon, único detido em Havana em conexão com os atentados, e os ex-companheiros deste, Jose Eduardo Ramirez e Victor M. Palma.
Cruz Leon foi preso em 4 de setembro pela polícia cubana e obrigado a entrar em contato com o chefe da operação, Chavez. O paradeiro de Posada Carriles e de Chavez é desconhecido desde meados de outubro, informou o diário.