São Paulo - O Equador terá novas eleições em 20 de agosto, após o presidente do país, Guillermo Lasso, dissolver a Assembleia Nacional e convocar um novo pleito. O anúncio foi feito por Diana Atamaint, presidente do Conselho Eleitoral, em entrevista à emissora Teleamazonas.

Ao optar por dissolver a Assembleia, Lasso pode governar por decreto por até seis meses, de acordo com a Constituição do Equador
Ao optar por dissolver a Assembleia, Lasso pode governar por decreto por até seis meses, de acordo com a Constituição do Equador | Foto: Rodrigo Buendia/AFP

As eleições Presidenciais e Legislativas de 2023 acontecem em 20 de agosto e um eventual segundo turno deve acontecer em 15 de outubro: "a partir da convocação teremos 90 dias para executá-las e garantir aos equatorianos um processo confiável e transparente", explicou Diana Atamaint.

"O país espera voltar à normalidade e tranquilidade. E nisso a função eleitoral está plenamente consciente e apelamos para que as organizações políticas também tenham esse comportamento patriótico e cumpram o que exige o sistema político do Equador", disse Atamaint.

Lasso dissolveu o Parlamento para evitar a votação final do seu processo de impeachment. A Assembleia Nacional do Equador, controlada pela oposição, iniciou um dia antes a audiência por suspeitas de corrupção na estatal de transporte de petróleo Flopec.

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O mecanismo "morte de mão dupla" está previsto na Constituição e prevê que o presidente antecipe as eleições tanto para seu cargo quanto para a Assembleia sob certas circunstâncias. Por exemplo: quando o Legislativo bloqueia o funcionamento do governo.

Ao optar por dissolver a Assembleia, Lasso pode governar por decreto por até seis meses, diz a Constituição do Equador. Se fosse afastado do cargo, ele seria substituído pelo vice-presidente Alfredo Borrero.