Washington - A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, reconheceu sua derrota para o presidente eleito, Donald Trump, nesta quarta-feira (6) em Washington. Foi o ato final melancólico de uma campanha que começou alegre e otimista. Foi também o fracasso, pela segunda vez, em eleger a primeira mulher presidente dos EUA.

A democrata telefonou a Trump durante a tarde para congratulá-lo pela vitória. É algo que o republicano se recusou a fazer em 2020, quando perdeu o pleito para Joe Biden - Trump sinalizava, inclusive, que voltaria a protestar os resultados deste ano, caso não vencesse.

"Embora eu tenha reconhecido a derrota, não desistirei da luta que travamos nessa campanha", disse Kamala a apoiadores na Universidade Howard. "A luta pela liberdade, por um futuro no qual americanos possam perseguir seus sonhos e aspirações, onde mulheres possam tomar decisões sobre seus próprios corpos", disse, em referência ao direito ao aborto. Kamala também agradeceu o presidente Joe Biden, o seu vice de chapa, Tim Walz, sua equipe e os voluntários.

A vice-presidente entrou sorrindo no palco e disse que o resultado das eleições não era o que ela esperava, tampouco aquele pelo qual tinha lutado. Mas pediu que seus eleitores respeitassem a vitória de seu rival, Donald Trump. Neste ponto, a plateia vaiou - não ela, e sim o republicano. Kamala disse que admitia a derrota no pleito, mas não em sua luta por um país melhor.

"A luta pela nossa liberdade será difícil. Mas, como costumo dizer, gostamos de trabalho duro. E a luta pelo nosso país sempre vale a pena", afirmou a candidata derrotada. "Aos jovens que estão assistindo: tudo bem vocês se sentirem assim. Às vezes a luta demora. Mas isso não significa que não vamos vencer. Vocês têm poder."