Agência Estado
De Moscou
As eleições presidenciais russas, marcadas pelo Kremlin a princípio para 26 de março, poderão ser antecipadas por decisão dos membros do Conselho da Federação (Senado), que se reunião provavelmente amanhã para definir a data.
O juiz supremo do Tribunal Constitucional, Marat Baglai, disse ontem que o presidente interino Vladimir Putin – que acumula o cargo de primeiro-ministro – poderá solicitar a mudança, desde que seja respeitado o prazo máximo de três meses contados a partir da renúncia do presidente Boris Yeltsin, no dia 31.
O Conselho da Federação representa as 89 regiões e repúblicas russas e costuma aprovar as medidas do interesse do governo. Analistas políticos avaliam que, para Putin, seria mais conveniente realizar as eleições o mais breve possível para tirar proveito de sua elevada popularidade em razão da até aqui bem-sucedida campanha militar na Chechênia.
Como a ofensiva militar chegou na sua etapa mais difícil, o quanto antes o pleito realizar-se, melhor para Putin, já que a tendência é os rebeldes chechenos imporem baixas cada vez maiores aos russos.
O novo presidente fez poucas mudanças por enquanto na administração, com destaque para a remoção da filha de Yeltsin, Tatyana Borisovna Dyacheko, do quadro de assessores do Krelmin.

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