São Paulo - Mais de 8 mil soldados e membros das forças de segurança da Síria morreram desde o início dos confrontos entre rebeldes e o regime de Bashar Al Assad, informou ontem o hospital militar de Damasco.
De acordo com médicos da unidade, que pediram para não ter o nome revelado, a média de atendimentos diária é de 15 a 20 militares, que chegam em sua maioria mortos na unidade.
Os profissionais dizem que o número de óbitos cresceu a partir de janeiro, com o aumento dos enfrentamentos entre os grupos.
O posto da capital concentra 70% das vítimas pertencentes às tropas no país, mostrando que o número de baixas nas forças do regime de Assad pode ser maior.
Desde março de 2011, quando os rebeldes se levantaram contra o ditador sírio, cerca de 15 mil pessoas morreram em todo o país, entre militares e civis, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, grupos de oposição afirmam que o número pode crescer para 25 mil.
Avião derrubado
Os confrontos no país continuaram ontem. A milícia rebelde Exército Livre Sírio informou que derrubou um caça Mig, de fabricação russa, em um aeroporto da Província de Idlib, no Norte do país.
O comandante da organização, Malek Kurdi, disse que o caça tinha saído de um aeroporto de Idlib quando foi alvejado pelos rebeldes, fazendo a aeronave pegar fogo. Os dois pilotos conseguiram se ejetar, mas foram mortos pelos rebeldes. Os insurgentes também reivindicaram o ataque ocorrido na quarta-feira no mesmo aeroporto, dizendo que destruíram dez dos 20 caças Mig que estavam no local.
O regime sírio não confirmou a ação e não há evidências visuais do incidente. As informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas por Assad ao trabalho dos jornalistas.
Além da ação, combates acontecem na cidade de Damasco, especialmente nos bairros de Jobar, no Leste da capital, Tadamun e Qadam, no Sul, deixando um número de vítimas ainda não determinado.