BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - A Inglaterra anunciou neste domingo (12) que não vai exigir certificados de vacinação contra Covid de frequentadores de locais em que ocorre aglomeração de pessoas, como casas noturnas e estádios.

A regra era prevista para o fim deste mês, mas, de acordo com o secretário de Saúde, Sajid Javid, não será necessária, porque os índices de vacinação completa no país já estão bastante altos.

De acordo com os dados mais recentes do governo britânico, 80% dos adultos já receberam as doses necessárias de imunizante, e outros 9% tomaram ao menos a primeira injeção.

A perspectiva de exigir um documento de clientes vinha sendo criticada por empresas de cultura e turismo britânicas. Provoca também um debate político no Reino Unido, um país em que a tendência liberal tende a rejeitar intervenções do Estado nas decisões individuais de cidadãos e empresas.

Em entrevista à BBC, Javid afirmou não ficar confortável "com a ideia de dizer às pessoas para mostrarem seus papéis em atividades de rotina". Segundo ele, a apresentação de certificados ficará "na reserva, como uma opção potencial".

Como no Reino Unido determinações de saúde são de responsabilidade dos governos de cada uma das quatro nações, a decisão inglesa não necessariamente será seguida por Gales, Irlanda do Norte e Escócia —onde se estuda a cobrança do certificado para locais lotados a partir de 1º de outubro.

Na Dinamarca, onde já foram completamente imunizados 80% dos que têm 12 anos ou mais, certificados de saúde deixaram de ser exigidos para a frequência a qualquer local, incluindo estádios, restaurantes e casas noturnas.

O país já havia retirado a obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte público em 14 de agosto, quando praticamente toda a população acima de 50 anos estava inoculada contra o coronavírus. A proteção ainda é exigida em aeroportos e recomendada em hospitais.