São Paulo - A China determinou nesta terça-feira (28) o lockdown de centenas de milhares de pessoas para conter um foco de Covid-19, ínfimo na comparação com os números de contágios registrados em países europeus e nos Estados Unidos. Foram cerca de 200 casos registrados em 24 horas em todo o país, um número baixo comparado ao do restante do mundo, mas recorde na China desde março de 2020. É o quarto dia consecutivo de aumento, com a maioria das infecções relatadas por Xian, uma cidade do noroeste que colocou seus 13 milhões de habitantes sob bloqueio há seis dias.

Imagem ilustrativa da imagem China impõe lockdown rígido após registrar 200 casos de Covid
| Foto: STR/AFP

Nesta terça-feira (28), o regime decretou que moradores de uma cidade próxima, Yanan (norte), também devem permanecer em casa. As restrições impostas em Xian - os residentes estão proibidos de dirigir seus carros e apenas uma pessoa de cada casa pode sair a cada três dias para comprar alimentos - provocaram muitas ligações para os serviços sociais com pedidos de comida e outros produtos básicos.

"Estou prestes a morrer de fome", escreveu uma pessoa na rede social Weibo. "Não há comida, na minha área residencial não me deixam sair e estou quase sem sopas instantâneas, por favor ajudem", completou.

A cidade suspendeu os serviços de ônibus de longa distância e proibiu viagens de táxis ou com carros alugados para fora do limite urbano, posicionando policiais nas saídas das rodovias para dissuadir as viagens que as autoridades considerem desnecessárias. Aqueles que quiserem sair devem ter um teste negativo antes da partida e obter autorização dos empregadores ou das autoridades comunitárias.

Desde a contenção da primeira onda de coronavírus, que foi detectado no fim de 2019 em Wuhan, a China aplica uma estratégia de erradicação do vírus, que inclui o fechamento das fronteiras e restrições severas para cortar a propagação diante de qualquer foco.