O capitão do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, negou hoje (15) as acusações de que teria deixado a embarcação sem prestar auxílio aos outros ocupantes e afirmou que só deixou o navio após terminar o processo de evacuação.

Schettino, de 52 anos, foi detido pela polícia italiana para interrogatório no sábado. Ele está sendo investigado sob a acusação de homicídio e de não prestar auxílio aos passageiros.

O navio de cruzeiro Costa Concordia naufragou na noite de sexta-feira (13), com cerca de 4.200 pessoas a bordo, incluindo mil tripulantes.

Em uma entrevista transmitida pela TV italiana, Schettino foi questionado se seguiu a regra máxima de que "o capitão é o último a deixar o barco". "Fomos os últimos a deixar o navio", ele respondeu às autoridades policiais.

O capitão disse ainda que, de acordo com as informações de que dispõe, as rochas que provocaram a ruptura do casco do navio e seu afundamento não teriam sido detectadas pelo sistema de navegação automática da embarcação. Segundo ele, as cartas náuticas não indicariam a presença de rochas no local. "Não deveríamos ter tido esse impacto."

O presidente da Costa Crociere, empresa operadora do navio, Gianni Onorato, disse que o capitão teria feito uma manobra com a intenção de proteger os passageiros e os tripulantes, mas que ela não foi bem sucedida por causa da rápida inclinação do navio após o impacto.