Washington- O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se solidarizou com ativistas antiaborto que se manifestaram contra a Suprema Corte pela decisão que, há 32 anos, legalizou a prática do aborto.
Apesar de ter sido convidado a participar da 32 ''Marcha pela Vida'', o presidente, como em anos anteriores, comunicou sua mensagem de apoio aos participantes por telefone.
''Tenho estado trabalhando com membros do Congresso para aprovar boas leis, que protejam os mais vulneráveis e que promovam a cultura da vida'', disse Bush por telefone de Camp David, onde passou o fim de semana.
Bush recebeu a ovação de milhares de ativistas contra o aborto, que desafiaram o frio congelante no centro de Washington.
Manifestantes antiaborto vêm se reunindo anualmente na capital dos Estados Unidos para protestar contra a decisão da Suprema Corte de Justiça, que em 1973 legalizou o aborto.
Bush recordou aos manifestantes o que já fez: ''assinei uma lei que proíbe o aborto tardio. Os bebês que nascem depois de uma tentativa de aborto são protegidos pela lei, o mesmo para médicos e enfermeiras que se negarem a participar desta prática'', concluiu.
As últimas decisões da Suprema Corte outorgando à mulher o direito ao aborto foram tomadas pela menor margem possível, 5 votos contra 4.
Bush terá a oportunidade de nomear um candidato conservador, que, no caso de ser aprovado pelo Senado, pode mudar o resultado da votação e revogar a sentença de 1973.
Bush agradeceu aos participantes pelo ''trabalho para construir a cultura da vida, uma cultura que protege os mais inocentes e os que não têm voz.''