Brasileiro assume presidência de Conselho de Segurança da ONU
Ronaldo Costa Filho já disse que a cúpula tem "falhado" em resolver a invasão da Rússia na Ucrânia.
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 01 de julho de 2022
Ronaldo Costa Filho já disse que a cúpula tem "falhado" em resolver a invasão da Rússia na Ucrânia.
UOL/Folhapress
Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), assume temporariamente a presidência do Conselho de Segurança a partir desta sexta-feira (1). Em março, Costa Filho criticou o Conselho por "falhar" na tentativa de resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia. O cargo é rotativo e ocupado por embaixadores dos principais países do mundo. Durante o mês de julho, o brasileiro será o responsável por presidir o Conselho -é a 11ª passagem do Brasil pelo órgão.
Segundo Costa Filho, sua presidência vai priorizar a comunicação estratégica em operações de manutenção da paz, "com respeito aos direitos humanos e combatendo a violência, inclusive sexual". Em relação à guerra na Ucrânia, o embaixador afirmou que tentará equilibrar a transparência e eficiência, além de buscar soluções.
"Uma das funções mais delicadas da presidência, a qual daremos a maior atenção, é cuidar do delicado equilíbrio entre transparência e eficiência. Por um lado, é necessário prestar contas para o público em geral e para os países não representados no Conselho. Por outro, a discrição muitas vezes é necessária para viabilizar um diálogo franco, voltado à busca de soluções, e não a relações públicas".
O representante também afirmou que o Brasil organizará um debate sobre crianças e conflitos armados, que abordará temas como o recrutamento de crianças-soldado e o ataque contra escolas e educação.
O Conselho de Segurança tem 15 países com direito a voto, mas apenas os cinco permanentes têm direito ao veto: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
COSTA FILHO CRITICOU "FALHAS" DO CONSELHO DA ONU
Em março, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador Ronaldo Costa Filho disse que a cúpula tem "falhado" em resolver a invasão da Rússia na Ucrânia.
"Isso não é um paradoxo, ao contrário, é uma falha do Conselho de agir de uma forma construtiva em endereçar esse tópico", concluiu.
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