Biden planeja distribuição de 500 milhões de testes para frear ômicron
Governo também vai disponibilizar profissionais de saúde das Forças Armadas para ajudar hospitais sobrecarregados
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terça-feira, 21 de dezembro de 2021
Governo também vai disponibilizar profissionais de saúde das Forças Armadas para ajudar hospitais sobrecarregados
Folhapress
Guarulhos, SP - A predominância da variante ômicron entre os novos casos de Covid registrados nos EUA e a explosão dos números da doença nas últimas semanas levaram o governo Biden a diversificar a estratégia de combate à pandemia para priorizar não apenas a vacinação - 61,5% dos americanos estão com esquema vacinal completo.
O plano inclui a disponibilização de 1.000 profissionais de saúde das Forças Armadas para ajudar hospitais sobrecarregados, a produção de 500 milhões de testes rápidos para serem distribuídos gratuitamente aos cidadãos e a criação de novos locais de testagem e vacinação.
Os 500 milhões de testes, segundo as autoridades americanas, estarão disponíveis somente em janeiro e serão distribuídos nas casas de quem solicitá-los por meio de um site oficial. Para dar conta do volume de produção, Biden pretende invocar a Lei de Proteção e Defesa, instrumento jurídico que autoriza o Executivo a interferir no sistema de produção do país em casos de emergências ou guerras.
Desde que o primeiro caso da variante ômicron foi identificado nos EUA, em 1º de dezembro, em uma pessoa que havia viajado para a África do Sul, os números da doença explodiram. A média móvel de novos casos diários bateu 132,6 mil no último domingo (19), segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A última vez que o país havia registrado esse volume fora em setembro.
O país registrou a primeira morte pela variante ômicron na tarde de segunda-feira (21). A vítima foi um homem com idade entre 50 e 60 anos que morava no estado do Texas e não havia se vacinado contra o novo coronavírus, informou a CNN Internacional. A vítima já havia se infectado com o novo coronavírus anteriormente, mas mesmo assim não se vacinou contra a doença.
A situação tem levado o país a recuar em flexibilizações abertas. A cidade de Nova York, outrora epicentro da pandemia nos EUA, cogita cancelar a celebração do Ano-Novo na Times Square. Em meados de novembro, o prefeito da cidade, Bill de Blasio, disse que o célebre evento voltaria "com força total" neste ano. Mas então veio a ômicron.
"Esperamos que a ômicron seja um fenômeno rápido e temporário", disse o democrata, que também prometeu anunciar uma decisão sobre a festa antes do Natal. "Esperamos que, nas próximas semanas, teremos um aumento muito, muito grande no número de casos, mais do que vimos anteriormente, mas também esperamos que, após um período de tempo, ela [a variante] se dissipará."