O Iraque poderá produzir em três anos armas atômicas graças à importação de material de outros países, informou ontem o jornal Die Welt, citando uma análise dos serviços secretos alemães (BND).
Indagado pela France Presse, um porta-voz do BND confirmou que ‘‘essas informação são justas’’ e precisou que ‘‘a preocupação do BND a esse respeito não é nova’’.
Segundo a análise dos serviços secretos alemães mencionados pelo Die Welt, numerosas informações indicam que o programa de rearmamento nuclear no Iraque foi reiniciado. A atividade na central de Al Qaim foi retomada há vários meses, acrescenta.
De acordo com o estudo, o Iraque tenta conseguir no estrangeiro o material necessário para a fabricação da bomba-A, especialmente material de desmagnetização.
O BND fala de uma ofensiva de Bagdá no campo das armas químicas e biológicas desde meados de 1999, assim como a fabricação de mísseis de longo alcance.
Graças à importação de material da Índia, Malásia, Arábia Saudita e Jordânia, o Iraque, que reconstrói os locais destruídos durante a Guerra do Golfo, em 1991, poderá assim dispor até 2005 de mísseis de 3.000 km de alcance.
No campo das armas convencionais, o BND indica que o Iraque dispõe apenas de 10% a 20% do potencial alcançado por ocasião da Guerra do Golfo, mas que a produção recobra força novamente.