São Paulo - O governo austríaco decidiu pela obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19. Com a regra, que começa a valer em fevereiro de 2022, quem se recusar a receber o imunizante terá de pagar multas equivalentes a R$ 22,5 mil pela cotação atual.

Os altos índices de contaminação levaram o governo austríaco a voltar a decretar lockdown
Os altos índices de contaminação levaram o governo austríaco a voltar a decretar lockdown | Foto: Joe Klamar/AFP

A ministra da Constituição do país europeu, Karoline Edtstadler, afirmou que, além da multa, haverá também cobrança equivalente a mais de R$ 9 mil pela recusa em receber a dose de reforço da vacina.

Após o anúncio pelo governo, atos contra a obrigatoriedade têm sido realizados no país, incluindo um que contou com a presença de cerca de 40 mil pessoas em Viena no sábado (20), lideradas pelo ultraconservador Partido da Liberdade, e uma greve nacional iniciada nesta segunda-feira (22).

A medida torna a Áustria o primeiro país da Europa Ocidental a tornar obrigatória a vacinação contra o vírus causador da Covid-19. No momento, a nação tem uma das menores taxas de imunização da região: cerca de 66% da população elegível.

O país europeu tem enfrentado alta no número de casos da doença. A medida é parte da estratégia do país europeu para impulsionar a vacinação. A Áustria voltou nesta segunda a entrar em lockdown, medida severa que também mobilizou os protestos no país no fim de semana, bem como na Bélgica e na Holanda, onde houve manifestações contra as restrições à circulação de pessoas.

Viena parecia uma cidade fantasma, onde lojas, restaurantes, mercados natalinos, salas de concerto e salões de beleza baixaram as portas. Com exceção das escolas, a capital e o restante do país amanheceram em silêncio nesta segunda.

Como em confinamentos anteriores, os 8,9 milhões de austríacos teoricamente estão proibidos de sair de casa, exceto para fazer compras, praticar esportes ou receber atendimento médico.