Atentado em Israel mata 7 pessoas
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terça-feira, 16 de julho de 2002
France Presse
JerusalémSete pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas quando um ônibus israelense foi alvo de uma emboscada palestina, ontem, perto da colônia Emanuel, no Norte da Cisjordânia, informou um porta-voz do exército de Israel.
O ataque aconteceu entre as cidades autônomas palestinas de Nablus e Qalqilya. Segundo a fonte, ''um artefato explosivo foi lançado contra o ônibus, e em seguida eles (os palestinos) começaram a atirar''. Os tiros começaram dois ou três minutos depois de os passageiros do ônibus e dos veículos que estavam próximos terem saído de seus automóveis, após a explosão, informou a rádio militar.
Ainda se desconhece o número de vítimas da explosão e o de pessoas que foram atingidas pelo tiroteio. A troca de tiros foi entre palestinos e soldados israelenses, segundo o exército. Os militares informaram que havia sido decretado novamente um toque de recolher em Qalqiliya, pouco antes do ataque, pois o exército havia sido avisado de que ''um ataque terrorista estava sendo organizado''.
O último ataque com vítimas contra Israel havia acontecido em 21 de junho.
AutoriaUm interlocutor anônimo reivindicou por telefone, em nome das Brigadas dos Mártires da Al-Aqsa, grupo armado vinculado ao Fatah, o movimento do presidente palestino, Yasser Arafat, o ataque de ontem contra o ônibus israelense na Cisjordânia, segundo o canal de televisão Abu Dhabi TV. ''As Brigadas dos Mártires da Al-Aqsa são responsáveis pela explosão e pela operação militar contra o inimigo sionista perto de Qalqiliya'', declarou à AFP em Jenin este interlocutor, acrescentando que os três autores do ataque conseguiram sair ilesos.
Pouco depois, o Frente Democrático de Liberação da Palestina (FDLP) emitiu um comunciado reivindicando o mesmo atentado. ''O braço armado da FDLP reivindica a responsabilidade desta operação heróica contra um ônibus de colonos perto de Qalqiliya esta tarde. O grupo realizou o ataque usando armas automáticas'', indicou o comunicado.
AnistiaA Anistia Internacional condenou ontem o ataque contra um ônibus de colonos na Cisjordânia ao afirmar que ''nada pode justificar atentar contra civis''.